Cláudio Cotter*
O ser humano é moldado por hábitos, diversos livros consagrados como O poder do hábito de Charles Duhigg e Previsivelmente irracional de Dan Ariele nos mostram que nosso comportamento, apesar do livre arbítrio que a maior parte das pessoas usufrui, é absurdamente previsível e arraigado em características herdadas de nossos ancestrais por meio de símbolos e crenças. Carl Jung estudou a fundo estas características do ser humano convivendo com nativos de tribos e baseado em sua experiência chegou à conclusão que além da genética, é possível que haja um inconsciente coletivo, uma força arraigada em comunidades que adotam hábitos como rituais gerando comportamentos por gerações, sem que se questione o porquê daquele ritual.
De fato, Jung estava certo em relação aos comportamentos e atitudes que estão relacionados ao ambiente e como lidamos com ele, Bruce Lipton demonstrou em sua pesquisa que o cérebro da célula é a membrana, e o DNA executa o metabolismo de acordo com os comandos vindos da membrana. É evidente o quanto o ambiente influencia em nossa vida, e que temos uma grande oportunidade de produzirmos os processos de cura através de como lidamos com as situações, já que influímos diretamente nas membranas de nossas células a partir da alimentação, da forma como nos movimentamos, de como lidamos com as emoções, na verdade todo estímulo que chega ao nosso corpo age sobre nossas células.
Os conhecimentos trazidos por Yuval Harari em Sapiens, e diversos estudos de antropólogos da atualidade, transformaram a forma como entendemos nossos hábitos modernos e nos provoca a questionar “o porquê” do nosso corpo ter uma certa dificuldade em se adaptar a esta cultura de conforto, a qual nossa sociedade nos proporciona com vários tipos de tecnologias e facilidades. Muito do que enxergávamos como desgaste do corpo por mal uso antes, hoje vemos como uma incompatibilidade evolucionária, ou seja, cada vez mais voltamos para nossa essência, percebendo que, assim como nossos ancestrais, também temos que nos movimentar mais e com movimentação variada, pois nosso corpo não foi feito pra ficar parado, sentado em cadeiras e sofás confortáveis por longos períodos.
A diversificação de estímulos na alimentação, na movimentação, na forma como enxergamos os acontecimentos de ângulos diferentes gera capacidade adaptativa, resiliência e nos dá poder de superar desafios que em vários momentos da vida nos são apresentados, sem que sejamos avisados ou possamos nos preparar para eles.
Com todo este embasamento, o livro Cura pelo hábito, juntamente com o curso online, que está disponível na plataforma Eduzz, trazem uma visão diferente, a ideia dos autores (Claudio Cotter e Rafael Ferreira) foi trazer toda a visão da abordagem biopsicossocial de forma prática, possível para qualquer um colocar novos hábitos na rotina, mostrando que a questão central para a cura de doenças crônicas principalmente é a mudança de hábito.
Assim, através de toda a experiência dos autores com a atuação psicossomática e com exercícios físicos e mudanças de comportamento, o projeto tem o propósito central de levar conhecimento para o máximo de pessoas possível, também no formato de palestras para empresas e associações.
A ideia é gerar, através de cursos, acesso a conteúdo exclusivo, complementar ao livro “Cura pelo hábito”, práticas que podem ser usadas na rotina das pessoas com resultados imediatos e o desenvolvimento da percepção de que, os maus hábitos são os grandes vilões, que geram doenças crônicas físicas e mentais e na medida em que você muda seu comportamento, sua fisiologia responde de forma positiva por meio da liberação de neurotransmissores, campos eletromagnéticos e regulação do funcionamento de órgãos, levando o corpo das pessoas, a mente e a vida na direção do equilíbrio, podendo chegar à cura de algumas doenças ou pelo menos na amenização de sintomas, mas sempre na melhora na qualidade de vida.
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*Claudio Cotter é fisioterapeuta com formação no Método Busquet e pós graduado em Medicina Psicossomática