O setor de alimentação passou por mudanças e mais novidades devem surgir.
Junto à moradia, a alimentação é o item mais importante do orçamento doméstico. Exatamente por isso, é um dos setores que registrou maiores altas de preço nos últimos três anos.
Essa tendência de alta, junto com as mudanças de hábitos na direção de uma alimentação mais saudável, motivou o desenvolvimento de comportamentos, como as compras no atacado — que são mais baratas. No entanto, a pandemia de covid-19 também causou várias mudanças nos hábitos de consumo alimentares, e muitas vieram para ficar.
Diante disso, os negócios voltados para o setor alimentício começaram a se adaptar para atender às novas demandas do público. Conheça algumas dessas tendências e saiba como o seu negócio pode se adaptar a cada uma delas.
Crescimento do delivery
Com as medidas de isolamento social, o setor de delivery foi um dos que mais cresceu durante a pandemia. Mesmo com o retorno das atividades presenciais, este é um dos setores cuja expansão não dá sinais de acabar.
Afinal, o delivery possui uma série de vantagens para os clientes, como o fim da necessidade de se deslocar até o local, a praticidade de fazer a refeição em casa e a expansão dos pagamentos digitais. De fato, parte dos negócios decidiu aderir a um formato 100% digital durante a pandemia e não mudaram isso.
Mas se o seu negócio tem uma sede física, é possível fazer uma união entre a refeição presencial e o delivery, criando, por exemplo, experiências diferenciadas, como a transmissão de jogos, shows ao vivo e outros eventos como forma de atrair o público que ainda deseja frequentar um ambiente na hora da refeição.
Ética e sustentabilidade
O crescimento da preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade atingiu todos os setores da economia, e com a alimentação não é diferente. Na verdade, dada a proximidade da produção de alimentos com a natureza e as florestas, a preocupação é ainda maior. Isso levou ao crescimento dos negócios que promovem a venda de alimentos produzidos de forma orgânica, sem agrotóxicos ou conservantes.
Com o crescimento da visão ESG, os consumidores estão mais atentos à origem dos produtos e ao histórico das empresas. Nesse sentido, as mudanças incluem a valorização da produção local, a troca de alimentos processados por comidas saudáveis e até mesmo a opção por embalagens mais ecológicas.
Economia de tempo
Uma terceira tendência no mercado de alimentação é a compra de alimentos pré-prontos, congelados em formato de marmitas. Esses alimentos ficam dispostos em marmitas com porções diárias, e basta esquentar no micro-ondas ou fogão para preparar.
O objetivo é economizar tempo e dar mais praticidade para as refeições, já que cada porção equivale a um dia. Logo, o cliente pode cozinhar as porções adequadas para seu consumo sem precisar fazer pedidos de almoço ou jantar todos os dias.
Além disso, esse modelo traz mais recorrência e fidelidade do cliente, o que tende a aumentar as vendas do estabelecimento.
Opções mais baratas
Quem acompanha os índices de preços sabe que a alimentação representa um dos maiores gastos. De acordo com uma pesquisa de fevereiro, os gastos com alimentação representam — junto com combustíveis — 41% das despesas mensais das famílias.
Infelizmente, a tendência é que os gastos nesse setor continuem crescendo e pesando mais no bolso do consumidor. Mas, ao mesmo tempo, os consumidores também passam a querer produtos mais saudáveis, aliando boa alimentação a preços acessíveis.
Por isso, o desafio das empresas é adicionar opções de pratos que atendam a essas duas demandas, criando refeições saudáveis e saborosas a preços acessíveis.