*Por Beatriz Nadais, Gerente de Desenvolvimento de Parcerias da Awin
Os brasileiros aderem facilmente a novas tecnologias, em especial às redes sociais. Não é à toa que o Brasil é um dos países com o maior número de influenciadores do mundo e de esta ser a carreira dos sonhos de 75% dos jovens, segundo pesquisa recente da startup Inflr. A aspiração é motivada pela possibilidade de fama e pelas oportunidades reais de ganhos financeiros consideráveis, apontadas por 64% dos entrevistados.
O país também é conhecido por seus altos índices de empreendedorismo – 51 milhões de cidadãos pretendem empreender nos próximos três anos, segundo o SEBRAE, e estas duas aspirações se casam perfeitamente. Para tornar-se um influenciador de sucesso é necessário ter coragem e determinação de realmente empreender, de viabilizar um negócio rentável.
Todas as pessoas com mais de 10 mil seguidores em suas redes sociais, podcasts, blogs ou vlogs podem se tornar influenciadores, porém manter um canal com conteúdo interessante, relevante e de alta qualidade, exige tempo, dedicação e tem custo. No começo, a pessoa decide disseminar seus conhecimentos e interesses para seu público de relacionamento por diversão ou prazer, mas à medida que vai crescendo a audiência, percebe a possibilidade e até mesmo necessidade de ampliar a produção e de continuar aprimorando a qualidade para manter o canal, o que só é possível se incluir uma forma de rentabilizá-lo.
É neste momento que os influenciadores e produtores de conteúdo em geral percebem o valor do marketing de afiliados, que pode os ajudar a profissionalizar seu negócio e a monetizar. Isto porque ele dá acesso a uma ampla gama de anunciantes, de todos os setores e portes, além de poder auxiliar na definição de estratégias adequadas para ações desde as menores até as maiores e customizadas, desenhadas em colaboração com as marcas.
Com o marketing de afiliados, os influenciadores podem obter uma série de relatórios personalizados, que permitirão a eles conhecer melhor seus pontos fortes e fracos, com dados referentes a performance do seu conteúdo com a sua audiência, o impacto de suas ações e divulgações e os resultados efetivos que alcança em termos de vendas e receitas dentro dos e-commerces parceiros. E quanto maior o tempo de afiliação, maior são os insights que se adquire sobre o próprio negócio e como se aprimorar constantemente, tendo como benefício a garantia de ter uma remuneração periodicamente por seus esforços, que incentiva a profissionalização, seja o influenciador pessoa física ou jurídica.
Outro fator inegável é a maior responsabilidade que advém do crescimento do canal, pois a pessoa é responsável pelo que divulga. Se faz a divulgação de Fake News, divulga um produto que é ruim ou que pode fazer mal à saúde das pessoas, pode e deve responder judicialmente por isto. Por esta razão, quanto mais o influenciador se informa e busca se estruturar como empresa, melhores são as suas condições e compromisso de apuração das informações e de negociação com as marcas. Isso é primordial para assegurar a qualidade e a credibilidade dos serviços que oferecem. Quanto maior a confiabilidade e segurança mostrada pelos seguidores no influenciador, mais bem conceituado se torna junto aos possíveis parceiros para a realização de futuras campanhas. A afiliação é um bom negócio para ambas as partes.
Mesmo levando em conta todas as considerações que apontei, na minha compreensão para se tornar um influenciador bem-sucedido, é necessário se profissionalizar e conseguir garantir que seus esforços na produção de conteúdo, seja ele de informação, entretenimento, moda, esportes, avaliação de produtos e serviços, ou quaisquer outras especialidades, sejam monetizados, por isso o mercado de afiliados é uma grande porta e que tenham veracidade tanto nos dados quanto nos produtos e serviços divulgados.