Como o employee experience pode incentivar os colaboradores

Como o employee experience pode incentivar os colaboradores

Conceito coloca o profissional no centro do negócio, a partir de iniciativas que abrangem todo o ciclo de atuação dentro da organização.

Além do customer experience – ideia que visa proporcionar uma boa experiência ao cliente –, o employee experience, conhecido como experiência do colaborador, passou a ser assunto relevante para o sucesso das empresas. Trata-se de um conceito que coloca o profissional no centro do negócio, a partir de iniciativas que abrangem todo o ciclo de atuação dentro da organização.

A adoção de políticas de redesenho de modelos atuais, trabalho flexível, criação de oportunidades de aprendizado, desenvolvimento e crescimento na empresa são alguns exemplos de iniciativas que fazem parte da estratégia. Essas ações promovem engajamento, redução do absenteísmo, aumento de produtividade, atração e retenção de talentos e melhorias no clima organizacional. 

Sabendo que o capital humano é o fator mais importante nas organizações – já que a realização de um trabalho eficiente garante valor econômico ao negócio –, os mercados estão cada vez mais competitivos e estreitos. Por isso, é fundamental que as companhias busquem diferenciais, como salários adequados, benefícios, como vale-alimentação, e melhorias em estrutura física ou virtual.

Auxílio home office, bonificação por desempenho, vale-refeição e demais ações que promovam o bem-estar corporativo também são exemplos.

Novos paradigmas para o perfil da força de trabalho 

Com a revolução digital, impulsionada ainda mais pela pandemia, as mudanças na sociedade alteraram os desafios da gestão de pessoas. Nesse sentido, os profissionais de hoje não têm as mesmas necessidades, medos, gostos e características de dois anos atrás. 

Essa dinâmica é demonstrada pelo relatório do Boston College Center for Work & Family, que faz uma análise sobre o employee experience. A pesquisa traz nove tendências contextuais da força de trabalho que devem ser consideradas no intuito de reforçar a jornada do trabalhador nas organizações. 

São abordados o impacto da geração millennial no mundo do trabalho; o aumento da participação dos homens nas tarefas domésticas; e como as atividades de cuidado familiar influenciam a ocupação. Além disso, aspectos como a importância do bem-estar do colaborador (físico e emocional); o papel das tecnologias invasivas; e a virada para carreiras focadas na especificidade também são fatores mencionados. 

As tendências são contextualizadas a partir da necessidade de criar espaços de trabalho inclusivos e dos desafios da gestão de equipes. O estudo ressalta que, como cada organização pode lidar com questões diferentes, os obstáculos mais pertinentes e que mais precisam de atenção devem ser avaliados por cada empregador.

Ações para colocar o employee experience em prática

O employee experience deve estar presente, portanto, em todo o ciclo do colaborador: da seleção, onboarding, dia a dia e a saída do profissional do quadro de funcionários. Assim, antes de oferecer produtos e serviços conforme as expectativas de quem irá consumi-los, é primordial que a organização proporcione uma experiência satisfatória para aqueles que irão produzi-los. 

É necessário que as empresas ofereçam elementos básicos de trabalho e objetivos alinhados com as lideranças, proporcionando uma experiência de crescimento profissional aos funcionários. A partir desse engajamento, o consumidor consegue perceber melhorias no produto ou no serviço prestado. Como consequência, o negócio pode alcançar resultados finais mais satisfatórios.


Para criar uma estratégia de employee experience e colocá-la em prática, os canais especializados indicam que o primeiro passo é compreender cada fase da jornada dentro da companhia. A partir daí, é preciso identificar pontos a serem trabalhados ou evoluídos, já que cada etapa pode contribuir de maneira positiva ou negativa, acarretando mudanças de produtividade, engajamento e qualidade das entregas. 

Análise de dados, pesquisas de ambiente e conversas frequentes com os membros das equipes são meios de identificar o que deve ser feito. 

Para o recrutamento, por exemplo, ter uma comunicação clara é importante para que os profissionais saibam ao certo o que os aguardam na organização. Já o reconhecimento e a retenção de talentos demandam feedbacks constantes, promoções e programas que contribuam para a qualidade do ambiente de trabalho.