Em um cenário de dificuldades econômicas e filas para uma vaga de emprego, o desejo de mudar a carreira se torna um pouco intimidante. Os profissionais se encontram em dúvida sobre como identificar o momento ideal e como efetivamente realizar essa transição. Essas inquietações surgem pela falta de oportunidade de crescimento no emprego e o não reconhecimento, o que acaba gerando a desmotivação.
Deborah Toschi, Coach de carreira e mentora para líderes e profissionais de RH, destaca que a falta de apoio, reconhecimento, recursos financeiros, autonomia, ambientes de alta pressão, metas impossíveis, excesso de burocracia, além de um gestor pouco preparado são alguns dos principais fatores que levam a insatisfação.
O que antes se pensava ser uma insatisfação da geração Y, dos que ainda estão por ganhar espaço dentro do mercado de trabalho, já não se mostra tão verdadeiro. Executivos com experiência e tempo dentro das organizações também sentem a necessidade de uma transição de carreira. O que fazer nesses momentos é o questionamento de muitos.
Deborah também aponta que é necessário dar atenção aos incômodos. “É fundamental limpar o que não agrada, encarar de frente aquilo que não te satisfaz. Agir com prevenção para que esses incômodos não se tornem maiores do que o necessário, de forma que você acabe explodindo e tomando decisões precipitadas. A orientação nesses casos é buscar o autoconhecimento sempre e ter consciência que você não está apenas atingindo as metas impostas pela empresa, mas também está alcançando as suas metas pessoais”.
Motivações para se trocar de emprego devem estar baseadas em uma reflexão e planejamento sobre se essa movimentação faz sentido para a carreira e metas do profissional. “Existem mudanças que podem ser adotadas dentro da mesma empresa, ou na mesma carreira em um novo lugar. O profissional precisa avaliar com cuidado se o problema é exatamente a carreira, o lugar em que está ou o trabalho que executa. Muitas vezes as pessoas confundem esses fatores e acham que precisam mudar radicalmente. Não gosto do que faço? Não gosto como faço? Não gosto do lugar onde estou?”, explica Deborah.
A especialista em transição de carreira explica ainda que é raro encontrar alguém que não fez algum tipo de ajuste ou transição profissional. “Com a ressignificação do trabalho, isto se tornará ainda mais comum e necessário”, alerta.
Planejamento de carreira como prevenção
De acordo com a Coach Deborah Toschi, durante um trabalho focado nos seus próximos passos na carreira, muitas questões relacionadas a esse tema são feitas, para ir a fundo nos incômodos e compreender a trajetória do profissional, suas escolhas e seus objetivos futuros. Assim, é possível entender suas motivações e, em seguida, desenhar um plano de ação e desenvolvimento para seus objetivos.
“Às vezes, o profissional chega e diz que não está feliz e não sabe o que vai fazer dali para frente. Esse tipo de situação é muito difícil resolver sem um acompanhamento. É necessário dedicação e empenho para cuidar desta área importante da nossa vida. Geralmente, decidimos a nossa área de formação muito cedo, mas, depois de um tempo, percebemos que os nossos porquês não estão mais preenchidos. É nesse momento que precisamos então avaliar, planejar e nos reinventar”, conclui.
Deborah Toschi: Coach certificada pelo ICI – Integrated Coaching Institute. Sócia-Diretora da CAPIO Desenvolvimento Humano, especializada em Coaching de Carreira, Vida e Mentoria. Atuou em posições de liderança em RH durante 10 anos. Em sua trajetória, foi responsável pela condução de diversos projetos focados em estratégia de gestão de pessoas e desenvolvimento organizacional. Deborah cursou MBA em RH na FIA-USP e é formada em Psicologia pela Universidade São Marcos. deborah@capio.com.br | www.capio.com.br
Informações para Imprensa
* Deborah Toschi, Coach de carreira e mentora para líderes e profissionais de RH