De acordo com a ABCEM, a produção de módulos atingiu 1,03 milhão de toneladas em 2020
Foto: Projeto de módulo residencial feito pela Brasil Modular
A construção modular, também conhecida como ‘construção a seco’, tem sido uma promessa no Brasil nos últimos anos. Ao contrário de modelos tradicionais, ela não necessita de mão de obra e é baseada na sustentabilidade.
Dados divulgados pela Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) e pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) confirmam o expressivo crescimento da produção modular no Brasil. Em 2020, o setor registrou um faturamento de R$ 10,6 bilhões, marcando um aumento significativo de 49,3% em comparação com o ano anterior. Além disso, atingiu a marca de 1,03 milhão de toneladas no mesmo período.
“Com estruturas pré-fabricadas e montagem em módulos, esse tipo de criação reduz consideravelmente o tempo e os recursos necessários para erguer edifícios de alta qualidade”, afirma Jaime Freitas, CEO da Brasil Modular, empresa catarinense especializada em módulos habitacionais.
Enquanto nos métodos convencionais o procedimento se inicia praticamente do zero, na abordagem modular diversas partes podem ser montadas simultaneamente, o que otimiza o tempo e aumenta a eficiência do projeto. O processo é semelhante à montagem de veículos automotivos, o que o torna tecnológico.
“Além do âmbito tecnológico, um dos pontos positivos é que ela também pode ser realizada com uma variedade de materiais, dependendo das especificidades do projeto e das preferências do construtor. Dentre os mais comuns estão aço, madeira, concreto pré-fabricado e PVC”, explica Freitas.
De acordo com outra pesquisa, esta, conduzida pela empresa indiana Markets and Markets em 2020, a construção modular continua a ganhar destaque globalmente, com uma projeção de crescimento anual de 5,75% até 2025. O estudo também destaca o Brasil, junto com a China e o Japão, como mercados promissores para o desenvolvimento da construção modular.
A empresa de Jaime é a prova disso. Com início em 2022, a Brasil Modular, que começou como uma serralheria, já possui mais de 1000m² de galpão e cerca de 10 projetos entregues por mês. Ainda, esperam um crescimento de 2000mts dos galpões até o final do ano, com cerca de mais de 100 projetos entregues no ano
“Como fabricantes desses produtos, estamos comprometidos em seguir essa tendência de permanecer ativos neste mercado, contribuindo para solidificar o Brasil como uma referência em construção modular. Reconhecemos que para impulsionar a inovação, é essencial desafiar os métodos tradicionais, e estamos alcançando sucesso ao adotar essa abordagem”, conclui o CEO da Brasil Modular.