Você sonha em estudar medicina e ainda não conhece essa área? Veja o que é preciso para ser um(a) médico(a) forense e as possibilidades de atuação que essa carreira oferece!
Quando se pensa no exercício da medicina, a maioria das pessoas já imagina hospitais, postos de saúde e consultórios privados. Contudo, a medicina é uma área ampla, com inúmeras possibilidades de atuação profissional.
Uma delas é a medicina forense, especialidade que utiliza os conhecimentos científicos da medicina, da biologia e do direito para investigar as causas de morte de uma pessoa. Essa profissão surgiu em 1507, na Alemanha, a partir da aprovação do Código de Bamberg, que reconhecia a medicina forense como responsável por oferecer provas técnicas para auxiliar o direito.
Você sonha em estudar medicina? Veja como funciona a medicina forense, as habilidades exigidas para os profissionais da área e as oportunidades que podem se abrir!
O que faz
A medicina legal forense é dividida em diversas áreas, como traumatologia, tanatologia, toxicologia, psiquiatria, criminologia, jurisprudência médica, deontologia, genética, entre outras. A medicina forense inicia, continua ou conclui investigações sobre crimes contra a integridade física de uma pessoa ou que provocam morte.
Esse profissional deve dominar não só conceitos da medicina, mas também de outras áreas, como sociologia, química, direito, biologia e balística, além de conhecer a legislação específica, a atuação pericial e o código de ética médica. Por isso, a medicina forense é conhecida por ser uma das áreas mais interdisciplinares que existem na área.
O profissional da medicina que atua nessa área realiza basicamente dois tipos de atividades. Uma delas é a análise de corpos de pessoas falecidas para investigar qual é a causa da morte (natural ou provocada por outros indivíduos) e a data em que a morte ocorreu. Em casos em que há apenas restos mortais, médicos legistas também devem realizar a autópsia, ou seja, verificar a identidade da pessoa.
A outra é a realização de exames de corpo delito para verificar se ocorreram intoxicações e agressões, além de buscar indícios de digital ou DNA do(a) agressor(a).
Graduação
Para atuar na medicina forense, primeiramente é preciso concluir uma graduação em medicina em uma instituição de ensino universitário pública ou privada. Em seguida, é preciso fazer uma residência em tempo integral de medicina forense.
O mais comum é que essa residência dure três anos e funcione como uma especialização. Uma residência tem o diferencial de oferecer experiência prática junto com a teórica para os estudantes. Na medicina forense, os residentes realizam seu trabalho em diferentes ambientes, como cenas de crimes e hospitais, além do IML.
Atuação profissional
Via de regra, o Instituto Médico Legal (IML) municipal ou estadual é o local de atuação dos profissionais da medicina forense. Outra possibilidade é atuar em centros de perícia forense e criminalística, seguir carreira acadêmica e se tornar professor e/ou pesquisador ou prestar consultoria para escritórios de advocacia.
Profissionais médicos que atuam nessa área são chamados de “peritos”. Existem três tipos deles: o perito oficial realiza as perícias e o funcionário de uma instituição como o IML e o manicômio judiciário. O perito nomeado é requisitado e nomeado pela autoridade para o cargo específico. Por fim, o assistente técnico acompanha os exames realizados pelo perito oficial e representa as partes envolvidas na questão.
Esses profissionais devem trabalhar a partir de concurso público. Isso exige uma alta qualificação e preparação desses profissionais, que devem acompanhar a abertura de vagas no governo municipal ou estadual de sua região. Geralmente, o salário para concursados da medicina forense é alto, podendo variar entre R$ 9 mil e R$ 22 mil.