Saber como está o mercado de imóveis de luxo hoje é essencial tanto para os consumidores quanto para empreendedores ou corretores focados em vender casas de luxo. Afinal de contas, esses são os principais players desse setor e é necessário se posicionar adequadamente dentro da área para ter o melhor negócio possível. Além disso, o mercado de alto padrão é descolado do mercado imobiliário “normal”, o que faz com que certos contextos não sejam iguais em ambos.
Por exemplo, o mercado imobiliário de alto padrão pode ter um período aquecido, ao mesmo tempo que o mercado imobiliário de casas e apartamentos “normais”, por assim dizer, tem um período frio. O inverso, claro, pode ser verdadeiro também. Normalmente, quando vemos notícias sobre o funcionamento do mercado na TV ou em jornais, não há o relato sobre a faixa de preço, e isso pode levar a entendimentos errados.
Quer saber como está o mercado de imóveis de luxo hoje? Então siga a leitura do artigo abaixo para descobrir!
Como está o mercado de imóveis de luxo hoje?
Demanda aquecida
O ano de 2020 foi um dos melhores para o mercado de imóveis de luxo no Brasil. Foi um período com muitas vendas e bonança para o setor, que viu o início de novos empreendimentos e uma movimentação bem acima da média que estávamos vendo nos últimos tempos.
Mas o que explicou isso? Mais importante: o que podemos esperar para 2021 e 2022? Será que os fatores que movimentaram o mercado em 2020 vão se repetir nesses outros anos?
Um dos principais fatores que movimentaram o mercado de imóveis de luxo em 2020 foi a demanda aquecida do setor. Isso significa, portanto, que os consumidores de alto padrão foram ao mercado em grandes números para fazerem as suas aquisições.
No geral, 4 elementos estimularam essa movimentação. São eles:
- demanda represada;
- baixa da Selic;
- dólar alto;
- pandemia.
A demanda represada tem a ver com o fato de que o mercado estava já há alguns anos sem grandes movimentações. Na prática, isso fez com que muitas pessoas passassem 3, 4 anos sem fazer compras e, agora, despejassem toda essa demanda de uma só vez.
Já a baixa da Selic foi um movimento macroeconômico nacional, especialmente durante a pandemia, para estimular o consumo. Como a taxa de juros Selic é quem regula outros tipos de juros (por exemplo, do financiamento imobiliário), comprar imóvel ficou mais barato.
O dólar alto segurou os gastos internacionais do público de alto padrão. Afinal, esse aumento do valor da moeda americana não é sustentável por um longo prazo e tende a cair em algum momento. Comprar dólar hoje é perder valor em longo prazo.
Por fim, a pandemia manteve as pessoas mais tempo em casa e isso abriu os olhos de muita gente para as deficiências do próprio lar. Ou seja: eles viram como os apartamentos ou casas em que moravam não eram adequados para o seu padrão de vida. Há ainda o caso de quem passou a trabalhar só em home office e, por isso, precisou de uma casa maior e mais confortável.
Em 2021, todos esses elementos continuam, mas com um peso menor. Ainda não deu tempo de aliviar toda a demanda represada, o dólar caiu (mas ainda segue alto), a Selic subiu (mas ainda segue baixa) e a pandemia continua (apesar das pessoas fazendo menos isolamento social).
Oferta diferenciada
Além do aumento da demanda, outro elemento que movimentou o aumento de vendas do mercado de luxo foi a oferta diferenciada das construtoras.
As empresas responsáveis por fazer esses imóveis entenderam que precisavam criar empreendimentos cada vez mais diferentes e com mais atrativos. Em 2021, veremos as entregas dos primeiros imóveis construídos pós-pandemia para as necessidades de quem trabalha em home office, tem filho em casa e outros estilos de vida.
No geral, isso mudou também o perfil de busca dos consumidores. Saem de cena os grandes condomínios, entram as casas com uma estrutura mais preparada para acomodar uma família.
A exceção para essa regra são os condomínios de luxo com restaurantes, mercadinhos e outras estruturas internas completas. Esses locais passaram a ser mais buscados pelos consumidores, pois contam com todas as necessidades sem precisar sair para fora do condomínio.
Prontinho! Agora que você já viu como está o mercado de imóveis de luxo hoje, já pode se posicionar adequadamente nesse segmento. Por enquanto, as condições que fizeram de 2020 um dos melhores anos para o setor continuam: a pandemia ainda existe, o dólar ainda está caro e a taxa de juros ainda está baixa. No entanto, todos os valores já estão mais “fracos” do que no ano passado: as pessoas estão fazendo menos isolamento, o dólar caiu um pouco (apesar de ainda elevado) e a taxa de juros subiu um pouco (apesar de ainda baixa).
E aí, você pretende entrar nesse setor? Comente abaixo com a sua opinião!