Como a Internet das Coisas Industrial Impacta a Segurança Cibernética e Física

Como a Internet das Coisas Industrial Impacta a Segurança Cibernética e Física

Os dispositivos da Internet das Coisas Industrial (IIoT) estão transformando a maneira como as organizações monitoram e gerenciam a segurança em espaços variados e distribuídos. Esses equipamentos, que incluem câmeras, leitores de controle de acesso e painéis de alarme, oferecem conectividade completa, acessibilidade e capacidades avançadas de compartilhamento de dados. No entanto, esses benefícios vêm acompanhados de riscos significativos de cibersegurança, que podem expor redes a ataques cibernéticos.

Uma recente realizada pela Genetec, que contou com a participação de mais de 5.500 profissionais e usuaários de segurança eletrônica, revelou que quase um terço (31%) das organizações foram alvo de criminosos cibernéticos. Setores específicos, como inteligência e segurança nacional (73%) e bancário e financeiro (46%), relataram uma frequência ainda maior de ataques. Em contraste, o setor de varejo apresentou uma taxa de incidência menor, com apenas 21% dos entrevistados indicando terem sofrido ataques.

Desafios de Segurança dos Dispositivos IIoT

Os dispositivos IIoT, apesar de suas vantagens, podem criar lacunas de defesa significativas. Esses aparelhos podem servir como pontos de entrada para atacantes cibernéticos, que exploram vulnerabilidades para realizar violações graves em empresas de todos os tamanhos. Conectar sensores de vários sistemas, como segurança física, operações ou infraestrutura predial, pode proporcionar novos insights de negócios, mas é crucial proteger todos esses aparelhos para minimizar riscos.

Felizmente, muitas organizações estão adotando medidas mais proativas para proteger seus ambientes. A pesquisa da Genetec mostrou que 42% dos usuários finais estão implantando ferramentas de cibersegurança em seus sistemas de segurança física, um aumento significativo em relação aos 27% relatados em 2022.

Para mitigar os riscos associados aos dispositivos IIoT, as organizações devem considerar as seguintes estratégias:

  • Parcerias relevantes e necessárias: Escolher um provedor de segurança física que priorize a proteção cibernética é essencial. Avalie se possuem certificações como ISO 27001 e SOC2, transparência sobre vulnerabilidades e realizam testes de penetração. Provedores focados em cibersegurança têm equipes dedicadas e parcerias com fornecedores seguros.
  • Soluções com mais de uma função: Priorizar sistemas de defesa física com medidas de cibersegurança, como autenticação multifator e criptografia de ponta a ponta é essencial. Uma plataforma unificada facilita a gestão e manutenção do sistema, oferecendo ferramentas como monitor de disponibilidade e pontuação.
  • Opções de Implantação em Nuvem ou Nuvem Híbrida: A nuvem é um catalisador para o IIoT, oferecendo computação, processamento de dados e armazenamento poderosos. A segurança em nuvem ou nuvem híbrida melhora a proteção cibernética com múltiplas camadas de proteção. Provedores de nuvem confiáveis garantem medidas avançadas para proteger dados e sistemas.

Uma abordagem proativa para alinhar a segurança cibernética e física

Implementar medidas preventivas é essencial para proteger organizações contra a crescente ameaça de ataques cibernéticos direcionados a dispositivos IIoT. Parcerias com provedores respeitáveis, seleção de plataformas unificadas com recursos de cibersegurança embutidos e adoção de soluções em nuvem podem fortalecer significativamente a postura defensiva das empresas. À medida que o cenário de ameaças cibernéticas continua a evoluir, manter-se informado e vigilante é crucial para proteger ativos, manter a integridade operacional e garantir a conformidade com os padrões da indústria.

*Tiago Brito é Engenheiro de Aplicações da Genetec Brasil