Por Leandro Alvarenga, CEO da Prime Arte*
A comunicação interna, ou endocomunicação de qualquer empresa, é o fio condutor necessário para um bom relacionamento entre gestores e seus colaboradores. Ela é fundamental para manter um ambiente saudável e equilibrado, evitando qualquer tipo de ruído ou boatos. A partir dos esforços de uma estratégia de comunicação objetiva e constante, capaz de transmitir confiança, que integra e instrui, os funcionários irão se envolver ainda mais com o trabalho e se sentir realmente uma parte valorizada da equipe e, como consequência, irão produzir mais e melhor.
Segundo um estudo realizado pela ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), 63% das empresas consideram a comunicação interna um dos processos mais importantes do ambiente corporativo e pretendem continuar a investir neste segmento pelos próximos anos. Porém, o modo em que o mundo se comunica se transforma diariamente, inclusive dentro das organizações, e por isso, a comunicação interna precisa acompanhar essas novas tendências. Mais do que ser assertiva, ela é fundamental para o sucesso de uma marca.
Com a pandemia, a comunicação interna se tornou fator de sobrevivência para muitas organizações ao unir todos os funcionários, desde o topo, em um time só, sempre em contato direto, trabalhando em conjunto para lidar com eventuais crises. Isso fortalece os valores da empresa, cria uma conexão no ambiente de trabalho e reforça a cultura organizacional.
Líderes que efetivamente acompanham as atividades diárias, se comprometem e demonstram se importar com seus colaboradores via feedbacks, incentivos e ações de responsabilidade social, além de transmitir confiança e proteção internamente, se tornando um dos principais pilares da corporação, indica aos consumidores que a sua marca não está apenas em busca de lucro. Hoje, o conceito “fora e dentro” está muito interligado. São diversas ações que partem do setor interno e podem atingir a comunicação externa, criando um efeito positivo no modo em que o público distingue uma empresa.
Além disso, o caminho inverso também é de extrema importância. Funcionários que possuem um canal aberto com seus gestores têm mais abertura para promover mudanças, solucionar problemas e incentivar novas ideias e sugestões, além de serem o caminho mais fácil para a comunicação entre equipes de outros setores.
Ainda que o investimento na comunicação interna seja essencial, há um custo para implementar os canais de comunicação necessários para que tudo aconteça. É necessário também descobrir qual a melhor linguagem para que cada mensagem seja devidamente transmitida. Isso requer uma identidade visual própria da empresa, um plano de comunicação bem executado e profissionais qualificados para esse trabalho.
Para os negócios que já deram o primeiro passo, para alavancar a comunicação interna é preciso diminuir o número de e-mails, informações em murais de recado, apresentações pelo PowerPoint, entre outros meios mais tradicionais, quando for preciso se comunicar com um número grande de colegas de trabalho. Mesmo com suas vantagens, estes métodos geram pouco engajamento e, muitas vezes, não prendem a atenção dos receptores. Adotar o vídeo como método principal de comunicação corporativa pode ser a melhor maneira para que a empresa passe uma imagem mais transparente, interagindo de forma dinâmica, sem perder o profissionalismo.
A comunicação interna tem como principal propósito, seja em uma empresa grande ou pequena, o alinhamento de visão e missão entre todos ali presentes, em que há apenas um objetivo em comum, o crescimento e sucesso do negócio. Isso só ocorre quando há sintonia e quando o time de profissionais está motivado e engajado, quando estão dispostos a se tornarem os porta-vozes da marca.
*Leandro Alvarenga é CEO da Prime Arte, produtora audiovisual especialista em tecnologia