“O princípio de autonomia do paciente é um dos pilares da bioética. Segundo este conceito, ao paciente deve ser dado o poder de tomar as decisões relacionadas ao seu tratamento. Trata-se de um componente importante da ética médica moderna, que tem recebido bastante interesse na literatura atual”, diz Henderson Fürst – Presidente da Comissão Especial de Bioética da OAB Nacional.
Qual a importância da autonomia do paciente?
A autonomia do paciente representa o reconhecimento de conquista de direitos, da mudança de um paradigma (paternalismo médico, em que outras pessoas diziam o que era melhor para o paciente) para um paradigma em que o próprio paciente diz o que é melhor para si, de acordo com seus valores e projetos existenciais.
Quais são os princípios da autonomia?
A autonomia por si só é um princípio, do qual decorrem algumas regras éticas e jurídicas em nosso ordenamento.
Em que consiste o princípio da autonomia, dê um exemplo?
A autonomia do paciente consiste na possibilidade de autodeterminação das pessoas em situações médico-hospitalares, escolhendo o que entende ser melhor para sua forma de viver. É o caso, por exemplo, do paciente oncológico que opta por não tentar mais uma quimioterapia para conseguir ter tempo com qualidade de vida para aproveitar melhor seus familiares, viajar etc., ou ainda o paciente testemunha de jeová que se recusa a realizar transfusão de sangue por motivos religiosos, pois viola sua crença.
Como promover a autonomia do paciente?
Por meio de instrumentos jurídicos que assegurem o cumprimento da autodeterminação do paciente, bem como por meio de conscientização de profissionais médicos de que a autonomia do paciente é um direito, não uma mera manifestação vã.