No último dia 24 de fevereiro, foi marcada a fundação da nova Associação Brasileira de Ozônio. Com a Abraozônio, os fabricantes de ozônio esperam iniciar um trabalho de regulamentação destes equipamentos e disseminação sobre as diversas aplicações desta tecnologia no mercado brasileiro.
Carlos Heise, presidente eleito pela Associação para a primeira gestão, explicou um pouco sobre estas aplicações na entrevista: “o ozônio é um poderoso bactericida, viricida e fungicida, que pode ter aplicações em diversos mercados, desde tratamento de água e ar, até desinfecção de alimentos, super cies e inúmeras outras aplicações.”
A ideia da Associação surgiu porque hoje, no Brasil, a fabricação do ozônio não é regulamentada. Isso dificulta para o consumidor discernir a forma correta de se fazer as aplicações ou também entender a diferença entre geradores que produzem quantidades corretas de ozônio e geradores que acabam gerando dúvidas ao público (informando, por exemplo, um valor de produção de ozônio que, na prática, não se realiza). No exterior, já existe a IOA, Associação Internacional de Ozônio, que divulga e recomenda boas práticas para os fabricantes.
“Desde o ano passado, com o início da pandemia, o ozônio vem ganhando relevância no mercado nacional. Lá fora, já é usado para tratamento de água potável e desinfecção há anos em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Japão – as principais cidades do mundo já u lizam ozônio em suas estações de água fornecida para a população. Agora é a vez do Brasil”, complementa.
Além disso, a ideia é disseminar o conhecimento sobre a tecnologia para a população brasileira. Embora ainda pouco conhecido, o ozônio pode ser uma ótima alternativa de tecnologia de desinfecção. Uma das grandes vantagens de se utilizar este gás é que ele é uma solução ecológica. “O ozônio surge a par r do gás oxigênio e, após reagir com os contaminantes, volta à forma de oxigênio puro, ou seja, seu principal subproduto é o próprio gás oxigênio, o que o torna uma solução muito mais amigável ao meio ambiente que outros compostos químicos”, diz Heise. Por meio de parcerias com outros órgãos, a Associação espera expandir as aplicações do ozônio no país.