Acessibilidade para pessoas PcD em escritórios

Acessibilidade para pessoas PcD em escritórios

Saiba como melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência (PcD) no ambiente de trabalho

Você já ouviu falar no termo “arquitetura corporativa”? Trata-se de uma tendência que vem ganhando espaço nos escritórios brasileiros com a intenção de criar espaços funcionais e esteticamente alinhados à imagem e aos valores da empresa.

Esses espaços passam pela escolha correta do mobiliário corporativo, que faz toda a diferença no projeto, especialmente para pessoas com deficiência que usam cadeira de rodas.

Um bom projeto de arquitetura corporativa pode contribuir significativamente para que uma empresa alcance muitos dos seus objetivos, como:

  • melhorar a qualidade de vida dos seus funcionários;
  • passar uma imagem positiva juntos aos seus clientes;
  • aumentar a produtividade;
  • facilitar a realização de tarefas do dia a dia de seus colaboradores;
  • melhorar a acessibilidade de Pcds.

Qual a importância da acessibilidade no ambiente corporativo?

Pessoas com deficiência para caminhar, enxergar ou ouvir, juntamente àquelas com deficiência intelectual ou mental, somam mais de 17 milhões de pessoas.

Número que representa 8,4% da população nacional, foi divulgado em agosto de 2021 e se refere ao levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2019.

Esses dados são indicadores expressivos sobre a importância da adoção de medidas para acessibilidade na arquitetura comercial.

Vale lembrar que as medidas de inclusão dos PCDs são garantidas por lei, existem normas assegurando que todos têm que participar de diferentes ambientes sem terem sua liberdade condicionada à ajuda de terceiros.

Tornar um estabelecimento comercial capaz de receber pessoas com deficiência é uma maneira de cumprir as leis, fazendo com que o espaço abra o leque para receber um número maior de clientes.

As regras de acessibilidade não criam somente condições adequadas para PCDs. Gestantes, obesos e idosos, que por vezes se enquadram no grupo daqueles que possuem mobilidade reduzida, também são beneficiados.

Normas que um estabelecimento comercial deve seguir

Somente conhecer as leis de acessibilidade não é o bastante para saber como colocá-las em prática no seu estabelecimento comercial.

Para facilitar, o Sebrae disponibiliza uma cartilha baseada nas Normas da ABNT, em que explica como tornar um estabelecimento acessível. Confira abaixo algumas dicas.

Sinalização

Necessidade de aplicar a sinalização de acessibilidade de forma bem visível nas entradas, saídas de emergência, sanitários, vagas de estacionamento e áreas reservadas para PCDs.

Comunicação

A aplicação da linguagem em braile ou uso de relevos para orientação dos deficientes visuais é fundamental. Se possível, também é recomendado contar com intérpretes de libras para a comunicação com surdos.

Balcões

Mesmo que não seja em sua totalidade, os balcões de lojas para atendimento ao público devem apresentar pelo menos uma parte em altura acessível para PCDs ou aqueles que possuem mobilidade reduzida.

Estacionamento

No estacionamento do estabelecimento, devem ser disponibilizadas vagas exclusivas e com espaço suficiente para a circulação da cadeira de rodas.

Mesas de trabalho e/ou refeições

Pelo menos 5% das mesas de trabalho e/ou refeições devem ser acessíveis aos cadeirantes. A altura pode variar entre 0,75 e 0,80 m do chão, com avanço mínimo de 0,50 m.

Portas

O vão livre das portas deve ser de pelo menos 2,10 m de altura e 0,80 m de largura. As maçanetas devem ser instaladas no máximo a uma altura de 1,10 m e a abertura deve ser feita com o mínimo de esforço.

Sanitários

Os sanitários devem ser instalados em localização especial, sempre próximos à rotas acessíveis, além de contar com integração para as demais instalações sanitárias.

Se forem construídos em pontos um pouco distantes, é obrigatório a instalação de botões de emergência nos espaços internos do banheiro, para o caso de ocorrer uma queda.