Um assunto muito comentado entre pais que se separam ou estão insatisfeitos com seu casamento e desejam colocar o fim na relação é se a mãe tem mais direitos de ficar com os filhos na hora da separação. Afinal, qual é o real direito tanto quanto do pai e tanto quanto da mãe durante essa ação tão delicada? E será que os filhos podem ter sua opinião formada sobre o assunto?
Esse é um assunto delicado, especialmente para casais que já têm um ou mais filhos. É uma realidade séria no Brasil, já que, nos últimos anos, a separação conjugal só aumenta em sua estatística. Segundo pesquisas, os divórcios cresceram em até 26% entre janeiro e maio de 2021. Em 2020, houve um aumento de 36% no mesmo período. Ou seja, essa é uma realidade que muitos casais enfrentam no país.
O índice de divórcio no Brasil é um dos maiores do mundo, crescendo mais de 75% em apenas 5 anos. Milhares de casais se separam por diferentes razões e, a maioria deles, já possuem ao menos um filho. Então será que a mãe tem mais direitos de ficar com os filhos na hora da separação? E como é possível auxiliar a criança a lidar com esse processo doloroso e delicado? É de extrema importância saber sobre o assunto para prevenir danos aos filhos.
A mãe tem mais direitos de ficar com os filhos na hora da separação?
No caso de uma separação amigável, um casal não precisa recorrer à justiça, pois um juiz não precisa tomar essa decisão pelo casal. Porém, quando há um desacordo entre ambas as partes, é preciso recorrer à justiça. Nesse momento, várias pessoas se perguntam se a mãe tem mais direitos de ficar com os filhos na hora da separação. Mas isso é um mito, pois existem dois tipos diferentes de guarda que podem mudar a qualquer momento com uma revisão futura.
Existem dois tipos de guarda: a unilateral e compartilhada. O tipo de guarda, como já deve-se notar, é determinado por um juiz no caso de um casal não conseguir entrar em um acordo pacífico e esse caso pode ser revisado no futuro sobre determinadas circunstâncias. Ou seja, uma guarda compartilhada pode vir a se tornar unilateral no futuro, e vice-versa, caso haja problemas relacionados ao tipo de guarda.
O que é guarda unilateral?
A guarda unilateral é aquela onde apenas um dos pais tem o direito de ficar como filho. Aquele que não vive sob o mesmo teto que a criança precisa cumprir o dever de pagar pensão alimentícia, porém também tem todos seus direitos considerados. Isso é de forma independente para pai ou mãe, o que realmente determina é a presença da pessoa sob o mesmo teto que a criança.
O que é guarda compartilhada?
A guarda compartilhada é onde o pai e a mãe compartilham os mesmos deveres com a criança mesmo após a separação, nesse caso, podemos determinar que dizer que a mãe tem mais direitos de ficar com os filhos na hora da separação é um mito. Ao contrário da unilateral, esse tipo de guarda não contém uma limitação em visitas ou acesso a criança.
Como ajudar as crianças a lidar com a separação?
Não há como negar que a separação dos pais afeta grandemente uma criança. Seja ela pequena, entre seus 3 e 5 anos, ou já com capacidade cognitiva maior, entre seus 10 e 12 anos, é preciso levar em consideração algumas maneiras de lidar com essa separação junto ao pequeno.
Ofereça atividades criativas
Quando uma criança já não pode conviver mais com um de seus pais, é possível que ela se encontre se perguntando onde o outro se encontra e também é comum existir sinais de sentimentos negativos sobre a situação. Brincadeiras e atividades criativas são formas essenciais de manter a criança ocupada nesse momento delicado.
Passe o quanto tempo puder com o pequeno
Os pais, mesmo que separados, devem tentar passar o tempo que for possível com a criança. Porém, vale mencionar que isso depende do tipo de guarda determinado e da situação prévia do casal. Em casos onde houve abuso por parte de um dos parceiros, a distância está sob justa causa.
Ofereça presentes
Oferecer brinquedos, uma roupa do Flamengo para bebês e outros presentes são maneiras de permitir que a criança distraia sua mente e ainda fique feliz com seus presentes.
A criança pode tomar uma decisão?
Sabendo que dizer que a mãe tem mais direitos de ficar com os filhos na hora da separação é um mito, devemos determinar também se a criança possui uma palavra na decisão do divórcio. Muitos pais duvidam, mas mesmo as crianças mais jovens, no início de sua infância, já podem reparar a tensão entre os casais e são afetadas por isso. Porém, apenas crianças acima de 12 anos podem oferecer sua opinião no processo.