Segundo dados do Webshoppers 45, elaborado pela NielsenIQ | Ebit em parceria com o Bexs Pay, divulgados no portal E-Commerce Brasil, as vendas do comércio eletrônico em 2021 avançaram 27%, indo para R$ 182,7 bilhões na comparação com 2020. Esse resultado foi alavancado pela alta performance dos setores de alimentos e bebidas e produtos de giro rápido.
“O e-commerce atinge uma marca expressiva de vendas, resultado direto da maior penetração em todo o país e da opção do brasileiro pela facilidade da compra pelo ambiente digital”, aponta o head de e-commerce da NielsenIQ | Ebit. “Cada vez o consumidor usa a internet para se abastecer de alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal, ou seja, esses produtos de baixo custo e alto giro”, acrescenta.
No primeiro semestre de 2021, o crescimento foi de 41%; no segundo, 17%. Os meses de janeiro e abril foram os mais fortes para o aumento das vendas totais do e-commerce do ano. Segundo o estudo, o fenômeno se concentrou entre os meses de janeiro e abril, desacelerando entre maio e setembro. A ampliação das vendas digitais tem relação com a quantidade considerável de novos consumidores, sendo 12,9 milhões de brasileiros que compraram pela primeira vez em 2021, subindo o total para 87,7 milhões de consumidores. Além disso, o ticket médio geral das vendas girou em R$ 441 – 4% acima de 2020. Novos entrantes geraram um valor médio de R$ 454.
A ampliação das vendas digitais e o aumento da cartela de clientes podem, inclusive, ser influenciados a partir da adoção de uma estratégia de otimização de sites. “O trabalho de SEO visa posicionar uma loja virtual nas primeiras posições do Google. Quando devidamente otimizado para palavras-chave consideradas fundo de funil, ou seja, pesquisas normalmente realizadas por pessoas que já sabem o que desejam comprar, o trabalho de SEO atrai diversos potenciais compradores para a loja virtual sem ter que investir em anúncios”, explica Daniel Imamura, CEO da Consultoria Digital.
Crescimento do e-commerce no Brasil até 2025 será de 18%
De acordo com relatório The Global Payments Report 2022, da Worldpay from FIS, o e-commerce latino-americano terá um crescimento médio anual de 19% até 2025. A Argentina terá uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 26% no período. Já Brasil e México, 18% e 17%, respectivamente. O progresso tem como base os vários métodos de pagamento, que, anualmente, se diversificam mais. O levantamento contemplou seis países, incluindo o Brasil.
Cartões de crédito e dinheiro em espécie ainda são formas de pagamento muito utilizadas, porém, segundo a mesma pesquisa, estão com perda gradativa de participação no e-commerce do Brasil. No ano passado, o cartão de crédito simbolizava 39,3% do valor das transações e teve destaque em todos os mercados latinos. O Brasil foi o local com maior aderência dos consumidores à sua utilização (44,7%). Cartões de débito, por sua vez, 18,2%. O comércio eletrônico, em 2021, representou 9,7% dos gastos regionais, com projeção parecida (9,4%) até 2025. No Brasil, com o Pix, há a previsão de que as transferências bancárias subam de 10,9% para quase 18% até 2025.