Em um cenário de crise econômica, o trabalho autônomo foi a saída encontrada por milhões de brasileiros. Segundo um levantamento da Bare International – empresa especializada em experiência do cliente, avaliações de padrão de marca, auditorias e inspeções -, mais da metade (60%) dos trabalhadores formais afirmaram que fazem “bicos”, trabalhos informais, ou atuam como freelancers – profissionais que trabalham com diferentes empresas, sem vínculo empregatício no regime CLT) – para complementar a renda.
A análise investigou os impactos da inflação no consumo cotidiano dos brasileiros e coletou respostas de mais de mil cidadãos no final de 2021. No total, 76% dos entrevistados informaram que tinham uma ocupação e 56% relataram que não receberam qualquer reajuste salarial.
De forma síncrona, um estudo realizado pela Ipsos em 30 países revelou que o Brasil é o 4° colocado no ranking de maior percepção de inflação pela população. Para sete em cada dez (73%) brasileiros, o custo de vida aumentou no segundo semestre do último ano. Na América do Sul, a Argentina lidera a classificação, com 79%. O Japão é a nação com a menor taxa de percepção de inflação, com 21%.
Na Região Metropolitana de São Paulo, o custo de vida avançou 10% no último ano, segundo a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Este foi o maior aumento desde 2015, quando o indicador foi de 11,56%.
Para Isael Oliveira, empreendedor que atua com Marketing Digital e Afiliados, os dados presentes na pesquisa da Bare International demonstram que grande parte da população brasileira não consegue se manter apenas com um único salário, seja trabalhando como CLT ou PJ (Pessoa Jurídica). “É aí que as profissões relacionadas com o digital se destacam, pois permitem que uma pessoa crie, inicialmente, uma renda extra, e depois amplie o seu próprio negócio, como uma agência”.
Segundo um balanço realizado pela Closeer, startup que conecta empresas e trabalhadores em busca de emprego, 64% dos autônomos passaram a trabalhar na categoria em 2021. Destes, 50% atuam e recebem apenas como freelancers. Paralelamente, o estudo “The State of Freelancing”, realizado pela GrowTal em parceria com a Opinium, apontou que 50% dos profissionais deixaram seus empregos para se tornarem autônomos.
Marketing de afiliados é porta de entrada para freelancers
Segundo Oliveira, o marketing de afiliados tem sido uma opção para iniciantes que buscam garantir uma renda extra no ambiente on-line, independente do canal de vendas utilizado. Ele explica que marketing de afiliados é uma forma de ganhar dinheiro trabalhando de casa, revendendo produtos físicos ou virtuais pela internet, utilizando estratégias de marketing digital, o que inclui ferramentas como anúncios, SEO (Search Engine Optimization, na sigla em inglês – Otimização para Mecanismos de Busca, em português), blog e conteúdo, entre outros.
“Há diversas opções de renda extra no mundo digital, como o marketing de afiliados, que oferece vários diferenciais, como a possibilidade de faturar trabalhando no conforto de casa, muitas vezes sem precisar aparecer”, explica.
E, o mais importante, avança, à medida que o projeto de afiliado vai crescendo, as chances de a pessoa deixar o emprego CLT tradicional e começar a se dedicar no próprio projeto são muito altas. “Logo, para aqueles que sempre possuíram o sonho de empreender, iniciar como afiliado pode ser uma estratégia assertiva”.