De forma conjunta, as receitas de seguro, as contribuições de previdência e dos títulos de capitalização registraram um faturamento de R$ 82,2 bilhões no primeiro trimestre de 2022, o que configura uma alta de 15,4% em comparação a igual período do ano precedente, conforme dados da Conjuntura CNseg nº 71, da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) publicados pela Revista Apólice.
O Seguro Rural alcançou o maior destaque, com um valor de R$ 2,6 bilhões em prêmios no acumulado dos três primeiros meses deste ano – uma alta de arrecadação de 50,3%. O Seguro de Automóveis, por sua vez, responde por aproximadamente 40% da arrecadação do segmento de Danos e Responsabilidades, com um crescimento de 23,4% e o valor total de R$ 10,6 bilhões.
Já o segmento de Cobertura de Pessoas faturou R$ 50,5 bilhões no período em destaque – um avanço de 12,4%. Ademais, o segmento de Capitalização arrecadou R$ 6,7 bilhões, resultado 15,9% acima do alcançado em 2021.
O Seguro de Viagens, a seu tempo, progrediu 219%, com a reabertura da maior parte dos países e a consequente retomada das viagens internacionais. Uma alta que deve se manter, no que depender do desejo de viajar dos brasileiros: segundo estudo da empresa de tecnologia financeira Wise, 60% dos cidadãos do país estão inclinados a viajar para o exterior. A pesquisa, divulgada em setembro de 2021, mostrou que 88% dos entrevistados pretendem explorar outros países.
Bernardo Ribeiro, CMO da Azos, empresa de tecnologia e corretagem de seguros, destaca que o mercado vem crescendo em um ritmo forte de dois dígitos nos últimos cinco anos.
“O acesso a bons conteúdos sobre planejamento financeiro está despertando a importância de se ter um seguro de vida, ao lado do receio de elementos como doenças graves e invalidez diante da necessidade de proteger o patrimônio e a renda das pessoas. Além disso, entendemos que a crise sanitária também tenha contribuído para esse despertar”, afirma.
A análise do especialista é confirmada por números: conforme sondagem do Conjuve (Conselho Nacional da Juventude), o medo de perder um familiar preocupa 75% dos jovens brasileiros e 48% temem pela própria saúde.
Para Ribeiro, esse panorama faz com que o mercado de seguros seja interessante para pessoas físicas e jurídicas investirem. “A partir do momento que as pessoas realmente entendem o impacto que um seguro pode ter na vida de uma família, de uma pessoa autônoma, de alguém que não tem segurança financeira, elas não mais se questionam sobre a importância do mesmo.”, explica.
O mercado ainda é muito sub-penetrado, prossegue o especialista. “Se compararmos o setor de seguro de vida no Brasil com o nosso PIB (Produto Interno Bruto), temos uma penetração menor do que vários países da América Latina, como México, Peru e Colômbia – mostrando que ainda temos muito espaço para crescer”, conclui Ribeiro.
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