Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), até 2025, o Brasil precisará qualificar cerca de 9,6 milhões de trabalhadores industriais. A demanda por profissionais neste setor só tende a crescer, conforme apontam os indicadores, serão criadas novas 497 mil vagas nas indústrias.
Neste contexto, é preciso levar em conta que tudo está migrando para o ambiente digital. E, falando especificamente da indústria, o novo cenário exige adaptações por parte dos profissionais. Aloisio Arbegaus, que é Diretor Comercial da Teclógica, afirma que, para destacar-se no mercado, é preciso especializar-se em tecnologias para manufatura.
“Nessa nova realidade, a cadeia produtiva é gerenciada por dados, que são obtidos através de tecnologia. O papel dos profissionais continua sendo crucial, mas está mais voltado para atividades como gerenciamento das informações, monitoramento da cadeia produtiva, análise de riscos e busca por melhorias”, afirma.
Profissões com maior demanda
Segundo a pesquisa da CNI, as profissões com maior demanda são aquelas passíveis de atuação em diversas áreas, como, por exemplo, técnico em segurança do trabalho, metrologista e técnico de apoio em pesquisa e desenvolvimento.
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) também identificou que há muitas oportunidades para os trabalhadores industriais nos segmentos voltados à ciência, tecnologia e engenharia.
Para ter uma ideia, “o estudo Profissões Emergentes na Era Digital constatou que profissões ligadas à tecnologia na indústria serão responsáveis por cerca de 767,5 mil oportunidades de trabalho nos próximos 10 anos.
Isso porque as profissões se transformam juntamente aos sistemas operacionais. A estimativa é que, em 2023, o Brasil tenha 39,4 mil profissionais formados como operadores digitais, porém a demanda para essa função é de 345 mil, um déficit de 89%.
Outro fator que impacta nas buscas por profissionais é a utilização de inteligência de dados. Uma pesquisa do LinkedIn identificou as profissões com mais oportunidades no Brasil, e o cargo Cientista de Dados ocupa o 9º lugar no ranking.
Níveis de qualificação
Vale ressaltar que o crescimento da busca por trabalhadores industriais sofre variação dependendo do nível de qualificação dos profissionais. Sendo que os profissionais com menos de 200 horas de especialização terão 208 mil novas vagas, os que tiverem mais de 200 horas de especialização terão 64 mil, já no nível Técnico, a estimativa é de mais de 136 mil novas vagas. Por último, os profissionais com nível Superior receberão cerca de 90 mil oportunidades.
Segundo Aloisio, para quem trabalha no segmento industrial, é fundamental buscar aperfeiçoamento em questões ligadas à tecnologia. “As mudanças do mercado são constantes, então pode-se começar buscando por cursos e treinamentos que auxiliem a adentrar nesse ramo”.
*Assinado por: Aloisio Arbegaus, Diretor Comercial da Teclógica