De acordo com o índice FipeZap+, o valor médio dos imóveis aumentou 6,12% em 2022, alcançando a maior alta nominal desde 2014, quando foi registrado um crescimento de 6,70% devido à elevada demanda por imóveis que ocorreu na época.
Com esse acréscimo, o custo médio dos imóveis ficou ligeiramente acima da inflação, que fechou 2022 em 5,79%. A alta nominal resultou em imóveis com uma média de preço por metro quadrado de R$ 8.321,00.
A pesquisa conduzida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) teve como base anúncios de imóveis publicados na internet referentes a 50 cidades do Brasil. Do total avaliado, 49 apresentaram alta nominal entre janeiro e dezembro de 2022, com exceção de Canoas (RS).
Entre as 16 capitais que integraram a amostra do estudo, Vitória, no Espírito Santo, foi a que apresentou o maior preço médio por metro quadrado, registrando R$ 10.481,00. Em segundo lugar ficou São Paulo (R$ 10.196,00/m²), seguido por Rio de Janeiro (R$ 9.860,00/m²), Florianópolis (R$ 9.569,00/m²), Brasília (R$ 8.726,00/m²) e Curitiba (R$ 8.522,00/m²).
Já as capitais com menor preço médio por metro quadrado foram Campo Grande (R$ 5.232,00/m²), João Pessoa (R$ 5.430,00/m²), Salvador (R$ 5.649,00/m²), Manaus (R$ 6.136,00/m²) e Goiânia (R$ 6.182,00/m²).
Normalmente, a valorização dos imóveis é influenciada pelo valor das unidades recém-construídas, as quais servem de base de comparação para os imóveis usados. Portanto, como houve uma alta de custo na produção da construção civil por conta dos preços elevados das matérias-primas, principalmente do aço e do cimento, isso resultou em imóveis novos com valores mais elevados e, consequentemente, uma maior valorização dos imóveis usados.
Devido a esse tipo de oscilação que ocorre no segmento imobiliário e da construção civil, recomenda-se o constante acompanhamento de pesquisas de mercado e sites de notícias sobre o tema.