Uma pesquisa realizada pelo Vigitel, revelou que, em média 57,25% da população do Brasil estava com sobrepeso em 2021. Este resultado quer dizer que a cada 10 brasileiros, ao menos seis estão com o peso acima da média ideal, calculada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC).
Esses dados também revelam que condição é maior entre os homens, numa média de 59,9%, enquanto as mulheres registraram uma média de 55%. Outro ponto de pesquisa foi quanto à distribuição por faixas etárias, na qual problema era mais alto nas faixas de 45 a 54, chegando a 64,4%, e na faixa entre 55 e 64, chegando a 64%.
A mesma pesquisa também fez uma comparação entre as capitais Brasileiras. As com maiores índices de sobrepeso eram Porto Velho (64,4%), Manaus (63,4%) e Porto Alegre (62%). Por outro lado, as com menores resultados foram São Luís (49,27%), Palmas (50,12%) e Vitória (51,49%).
Cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo, e diretor do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO), Dr. Leonardo Salles, explica o que é a obesidade e o quanto ela está em ascensão. “Trata-se de uma doença crônica que tem como sintoma o excesso de gordura corporal a níveis que prejudicam a saúde do indivíduo. Essa comorbidade é tão grave que por si só é capaz de acarretar outras doenças também graves. Exemplos são o diabetes, a hipertensão, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. E o mais preocupante é que cada vez mais os números estão subindo”.
Vale salientar que, ainda de acordo com os dados do Vigitel, os números da obesidade têm crescido no Brasil. A pesquisa indica que em 2006, em seu primeiro ano de formulação, a média da população acima do peso era de 42.74%. Em 2010, essa média estava em 48,18%, em 2015 ficou na casa dos 53,92% e em 2019 o registro foi de 55,37%.
Esse quadro de ascensão é preocupante, porém reversível. “Me preocupa muito notar que a maior parte da população brasileira está acima do peso. Isso porque o sobrepeso é uma porta para outras doenças que podem interferir drasticamente na vida. Doenças como diabetes, hipertensão e até mesmo o câncer. Mas o que me deixa um pouco mais tranquilo em relação a isto é que tanto o sobrepeso quanto a obesidade têm tratamento e o paciente pode sim reverter o quadro”, pontua o médico do IMO.