Cobrir galpões com telhas metálicas contínuas e sem emendas (zipadas) é uma solução conhecida. Há um bom tempo também os construtores incluem nessas coberturas algumas telhas e domus translúcidos de policarbonato, com o intuito de aproveitar a luz natural. Ocorre que essa alternativa pode requerer o corte da cobertura, o que reduz a sua estanqueidade, além de facilitar o surgimento de áreas onde a água fica represada.
Com o aumento da demanda por grandes galpões logísticos e, em paralelo, a crescente preocupação com a conta de energia, empresas do segmento de cobertura começaram a pesquisar alternativas para evitar o seccionamento do telhado metálico e manter a área com iluminação natural. A que chegou mais próxima da solução – inclusive, já a patenteou – foi a catarinense Planefibra.
Fabricante de telhas, domus e sistemas de ventilação, a Planefibra desenvolveu uma telha de compósitos – material também conhecido como plástico reforçado com fibras de vidro (PRFV) – tão translúcida quanto a de policarbonato, mas que pode ser usada em conjunto com a telha metálica sem a necessidade de corte do telhado.
“Criamos um sistema composto por telhas translúcidas de PRFV com bordas metálicas, característica que possibilita a união a outros tipos de telhas pelo processo de zipagem e sem a necessidade de corte”, explica Valério Heuchling, gerente comercial da Planefibra.
Para unir a telha de PRFV à borda metálica, a Planefibra utiliza um adesivo estrutural, o mesmo material usado na colagem de carrocerias de ônibus e cascos de lanchas.
Além de não prejudicar a estanqueidade da cobertura, a novidade custa, em média, 30% menos do que opções de domus de policarbonato existentes no mercado. “Seu uso dispensa os acessórios necessários para a instalação do policarbonato, o que colabora com a redução do custo total do projeto”, compara Heuchling.