No feriado da Páscoa, muitas famílias se reúnem e fazem brincadeiras com as crianças em casa, enquanto outras aproveitam para pegar a estrada. Viajando ou não, é importante adotar uma rotina de proteção para preservar a saúde dos familiares, de acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Além disso, o mês de abril é marcado por alternância entre dias quentes e chuvosos, o que eleva o risco de transmissão de doenças como a dengue. Segundo o Ministério da Saúde, os casos de dengue aumentaram 35,4% nos dois primeiros meses de 2022 em comparação ao mesmo período do ano passado (Boletim Epidemiológico Vol 53 Nº 09.pdf ).
“Em momentos de celebração como a Páscoa, é comum o consumo mais frequente de alimentos, incluindo os chocolates, e em diferentes áreas da casa. Essa prática gera restos alimentares nos diversos cômodos da casa e, portanto, atrai insetos e animais, aumentando contaminações por vírus, fungos e bactérias. Frente a isso, recomendamos um maior cuidado com a higienização das mãos e de superfícies, para ajudar a evitar infecções por vírus, fungos e bactérias que podem causar, por exemplo, vômito, dor abdominal e diarreia. Outro ponto de atenção é que os dias de calor e chuvosos atraem os mosquitos, que podem picar e causar coceira na pele das pessoas”, explica Marcelo Otsuka, médico coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da SBI.
Para os que irão se reunir em casa e preparar a caça aos ovos de Páscoa para as crianças, uma área externa com jardim e/ou quintal, ou mesmo uma varanda, pode se tornar o lugar ideal para o entretenimento. Mas o médico ressalta que é necessário ficar atento, pois atividades ao ar livre aumentam a chance de exposição das pessoas aos insetos. “Por exemplo, dias quentes e chuvosos atraem os mosquitos. Para evitar picadas, o ideal é utilizar repelente para ajudar a proteger a pele das picadas de mosquitos que podem causar desconforto e doenças. Além disso, caso haja, é importante manter o jardim aparado, recolher folhas e frutos”, ressalta Otsuka.
Neste caso, há repelente disponível no mercado em diferentes formatos, como Spray, Aerossol, Gel e Lenços. Os repelentes à base de Icaridina, como o Exposis, oferecem duração entre 6 e 10 horas após cada aplicação e podem ser usados a partir dos 3 meses de idade, seguindo as instruções no rótulo. O uso de repelentes auxilia na proteção contra picadas de insetos que podem transmitir doenças como a dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela.
Para aqueles que estão em casa, Otsuka recomenda manter as mesas, bancadas e qualquer outra superfície onde se planeje fazer as refeições limpas e desinfetadas, para evitar a contaminação por vírus, fungos e bactérias. “Outro ponto de atenção, principalmente onde houver crianças que ainda engatinham, é a higienização do chão e até das solas dos calçados, caso os visitantes não os tirem ao entrar no local”, explica Otsuka. Para a desinfecção de sapatos, as pessoas contam com opções de desinfetante em aerossol que promovem a higienização de forma prática.
Para as famílias que optarem por viajar, além do repelente ser item fundamental na bagagem para proteger adultos e crianças, principalmente em regiões com muita vegetação, Marcelo Otsuka também orienta os adultos a observarem o colchão da cama da acomodação onde estiverem hospedados. “Verifique se há bolor no colchão, pois em caso positivo pode haver risco de quadros alérgicos, mesmo que a fronha ou lençol estejam limpos. Utilize um desinfetante spray para matar fungos ou qualquer microrganismo que esteja no colchão antes de cobri-lo novamente com a roupa de cama”, orienta o médico da SBI.
O cuidado com a mala de viagem também é essencial, pois muitas pessoas a colocam em cima da cama e isso pode contribuir para disseminar a sujeira do local em que os viajantes vão dormir. “A recomendação é utilizar desinfetante em formato spray ou lenço para fazer a higienização da bagagem para minimizar a proliferação de bactérias indesejáveis. Esse cuidado é essencial”, acrescenta Otsuka.
Dentre as opções de desinfetante disponíveis no mercado atualmente, há aqueles que trabalham com os formatos aerossol, lenços desinfetantes e spray, como o Lysoform, que podem ser usados em colchões, travesseiros, lençóis e toalhas, de acordo com as instruções no rótulo do produto.