Jovens preferem sair do emprego a deixar teletrabalho

Jovens preferem sair do emprego a deixar teletrabalho

Em uma nova configuração do ambiente de trabalho na era pós-Covid, empresas terão que, de alguma forma, se mostrarem atraentes para manterem seus profissionais. É o que sugerem os dados de um novo estudo do instituto de pesquisa ADP, que mostram que o retorno presencial pode afastar a geração Z, formada por profissionais nascidos a partir de 1990, do mercado de trabalho.

Segundo o relatório “People at Work 2022: A Global Workforce View”, 70% dos jovens de 18 a 24 anos preferem procurar outro emprego do que deixar o teletrabalho, empreendido por questões sanitárias, diante da pandemia de Covid-19, para voltar a trabalhar de forma presencial. A análise considera respostas obtidas em novembro de 2021 com mais de 32 mil pessoas em 17 países, entre eles o Brasil.

E não são apenas os profissionais mais jovens que não querem voltar a trabalhar de forma presencial. Segundo uma pesquisa do Talenses Group, realizada com 676 profissionais e obtida pelo Valor, apenas 5% dos profissionais, de forma geral, pretendem deixar o home office para voltar a trabalhar no ambiente corporativo. 

Para Andressa Thomasi Persson, fundadora da Click Aula – plataforma digital que conecta professores e pais de alunos -, os indicativos deixam claro que as empresas brasileiras têm um cenário desafiador pela frente, onde será necessário empreender medidas para reter seus melhores profissionais.

Neste ponto, segundo Persson, benefícios que contemplem os filhos dos colaboradores são uma opção para reter talentos em uma configuração do ambiente de trabalho que valoriza a atuação de forma remota ou híbrida.

Para além de empreender uma estratégia para cativar os colaboradores, as empresas que oferecem educação para os filhos de seus funcionários fazem um trabalho social, afirma a empresária. “Os empreendimentos ajudam os pais que trabalham a oferecer oportunidades únicas de aprendizado para seus filhos, que têm à disposição uma série de assuntos e aulas para escolher, descobrir novos interesses e mergulhar mais fundo em seus favoritos”, complementa.

De acordo com Persson, em atenção a esta demanda do mundo corporativo, algumas empresas já oferecem soluções que facilitam a oferta de conteúdos educacionais para filhos de profissionais. Neste ponto, ela destaca que é preciso considerar uma ferramenta que ofereça uma variedade de aulas e horários. Assim, os pais poderão escolher o que funciona melhor para seus filhos, enquanto os empregadores podem administrar um número grande de funcionários com uma plataforma.

Para a fundadora da Click Aula, quando uma empresa oferece um recurso como este a funcionários que são pais e mães, faz com que eles tenham uma preocupação a menos com o futuro de seus filhos, sabendo que eles estão animados e engajados no que estão aprendendo. “Assim, os profissionais podem se concentrar nas próprias tarefas e trabalhar muito mais felizes”.

Segundo uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, trabalhadores satisfeitos são até 31% mais produtivos, três vezes mais criativos e vendem 37% a mais em relação aos colegas insatisfeitos. Paralelamente, um estudo da consultoria de gestão Bain & Company revelou que profissionais desmotivados podem ser 125% menos produtivos do que os companheiros que se sentem engajados e inspirados.

“Quando os pais estão menos preocupados com os filhos, ficam mais focados no trabalho. Assim, a oferta de um benefício como esse pode ser um diferencial para as empresas em um mercado de trabalho altamente competitivo, além de contribuir para o futuro de crianças, adolescentes e jovens, que são agentes de transformação da sociedade”, conclui Persson.

Para mais informações, basta acessar: https://www.clickaula.com.br/