Investimentos alternativos são opção para diversificar carteiras

Investimentos alternativos são opção para diversificar carteiras

Menos comuns e pouco falados, os investimentos alternativos podem ser uma boa saída para quem tem um perfil arrojado e está em busca de diversificação da carteira. Em geral, eles não têm uma correlação com o mercado financeiro tradicional e, por isso, não estão submetidos a volatilidade da bolsa de valores, por exemplo. Em muitos casos, conseguem fugir dos impactos causados por alta de inflação e juros também. No entanto, são investimentos de menor liquidez, por conta da baixa oferta e demanda e do longo prazo (alguns exemplos estão abaixo).

O mercado dos alternativos não é novo, mas ganhou maior visibilidade com o advento da internet, canal pelo qual os investidores acabam se informando mais sobre eles. Pessoas com perfil de investimento mais arrojado tendem a se interessar mais pelos alternativos.

“Entender o mercado financeiro pode te abrir diversas oportunidades e com isso fazer o seu patrimônio crescer. O mundo está mudando, assim como a forma como investimos. Os meios alternativos surgiram para possibilitar novas oportunidades de investimentos”, afirma Pedro Borlido, sócio da Expeer

Pedro lembra ainda que é preciso entender os riscos da operação e ter objetivos financeiros claros na hora de fazer a opção pelos alternativos. Outra questão importante é que esses investidores não devem depender do retorno rápido e precisam ter capacidade de se manterem saudáveis financeiramente no longo prazo.

Alguns exemplos de investimentos alternativos:

– PEER TO PEER LENDING
É uma intermediação de empréstimos entre pessoas e empresas. A instituição financeira atua fazendo a intermediação entre as partes interessadas. Ela não age diretamente concedendo empréstimos, apenas coloca em contato pessoas em busca de crédito e as que se dispõem a emprestar para lucrar com as taxas aplicáveis. São conexões entre os investidores e pessoas que precisam de crédito.

– FIP
Os Fundos de Investimento em Participações captam recursos de vários investidores, através da venda de cotas, com o intuito de formar uma espécie de condomínio fechado. Gestores utilizam o capital reunido para investir em companhias abertas, fechadas (private equity) ou sociedades limitadas, em processo de desenvolvimento. O objetivo é acompanhar e lucrar com o crescimento desses negócios a longo prazo e, além disso, adquirir um grau de participação na gestão do negócio.

– INFRAESTRUTURA
Fundos que investem em grandes projetos de infraestrutura como obras de energia, saneamento e concessões rodoviárias e de telecomunicações. São isentos de Imposto de Renda sobre dividendos de sobre ganho de capital.

CRIPTOMOEDAS
– As criptomoedas são moedas digitais. Isso significa que elas não existem fisicamente, estão presentes apenas no ambiente virtual. Atualmente existem cerca de três mil criptomoedas diferentes, cada uma com um propósito diferente. Elas servem para transações comerciais, reserva de valor, e precificação de produtos.

– CROWDFUNDING IMOBILIÁRIO
É um investimento no qual várias pessoas se juntam para investir em um imóvel específico, que será construído por uma empresa consolidada no mercado. Ao vender as unidades, a incorporadora distribuirá o retorno sobre o investimento.

– OBRAS DE ARTE
Costumam se valorizar muito ao longo do tempo e isso pode criar uma oportunidade de ganho a longo prazo. O mesmo pode acontecer com outros objetivos de valor colecionáveis e raros.

– PRECATÓRIOS
Títulos de pagamentos que o governo foi condenado a pagar por meio de processos judiciais. Muitas vezes o beneficiário abre mão de uma parte do valor para receber a quantia à vista. Com isso, o investidor recebe o precatório mais o valor adicional cedido pelo beneficiário anteriormente.