A IA (Inteligência Artificial) evoluiu de um “tópico de pesquisa esotérico”, seis décadas atrás, para o uso em larga escala tanto por empresas, acadêmicos e laboratórios de ciência da computação. A definição integra o relatório “Capitalizing on the promise of artificial intelligence Perspectives on AI adoption from around the world”, da Deloitte, que revela os dados e perspectivas sobre a adoção da IA a nível global.
De acordo com o estudo, mais de oito em cada dez líderes de organizações que utilizam IA veem a inovação como “muito” ou “criticamente” importantes para o sucesso de seus negócios para os próximos dois anos. Aliás, a adoção e os gastos com as novas tecnologias vêm em uma crescente em todo o mundo. Segundo o relatório, 37% das organizações já implantaram IA – um aumento de 270% em relação a quatro anos atrás.
Apesar dos aspectos positivos, o risco cibernético preocupa as empresas que utilizam as novas tecnologias. Segundo a pesquisa da Deloitte, 23% dos entrevistados classificaram “segurança cibernética vulnerabilidades” como a maior preocupação com relação à IA.
Contudo, segundo Deyvid Sousa, engenheiro, executivo e especialista em cibersegurança, a IA pode ser utilizada justamente para detectar e responder a ameaças de cibersegurança em tempo real: “Algoritmos de machine learning podem identificar com rapidez ameaças potenciais e alertar equipes de segurança, permitindo que eles respondam rapidamente e mitiguem os danos”.
Além disso, segundo o especialista, existem diversos avanços recentes relacionados à IA que podem ser úteis para o ambiente corporativo brasileiro. Ele cita os progressos mais notáveis nos tópicos a seguir:
Maior uso de NLP e análise de sentimento para serviço e suporte
Sousa destaca que muitos empreendimentos vêm usando chatbots e assistentes virtuais alimentados por IA para fornecer serviços e suporte ao cliente.
“Esses sistemas usam NLP (Processamento de Linguagem Natural, na sigla em português) para entender as consultas dos clientes e análise de sentimento para detectar o humor do consumidor e responder adequadamente”, explica.
Maior adoção de IA para análise preditiva
O engenheiro acrescenta que, com o crescente volume de dados gerados pelas empresas, as ferramentas de análise preditiva alimentadas por IA estão se tornando cada vez mais populares.
“Essas ferramentas usam algoritmos de machine learning para analisar dados e identificar padrões e tendências que podem ajudar as empresas a tomar decisões mais informadas”, esclarece Sousa.
Melhoria na gestão da cadeia de suprimentos por meio de logística alimentada por IA
Segundo o especialista em cibersegurança, a IA também vem sendo utilizada para otimizar a logística e a gestão da cadeia de suprimentos, analisando dados sobre níveis de estoque, tempos de envio e padrões de demanda.
“Isso ajuda as empresas a tomar decisões assertivas sobre quando e como reabastecer o estoque, reduzindo o desperdício e melhorando a eficiência”, afirma.
Maior automação de tarefas rotineiras
A automação alimentada por IA é uma alternativa para simplificar tarefas rotineiras, como entrada de dados, processamento de documentos e agendamento, informa Sousa. “Isso libera os funcionários para se concentrarem em tarefas mais complexas, melhorando a produtividade e a satisfação no trabalho”.
Sousa ressalta que, em geral, a IA está sendo cada vez mais usada por empresas para melhorar a eficiência, reduzir custos e aprimorar a experiência do cliente. “À medida que a tecnologia da IA continua a evoluir, podemos esperar ver ainda mais inovações e aplicações no mundo corporativo”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: https://www.linkedin.com/in/deyvid-sousa-227a581/