O CGI (Crédito com Garantia de Imóvel), como é conhecido no Brasil o home equity – opção de empréstimo em que o cliente utiliza um imóvel como garantia -, cresceu 35,7% em janeiro deste ano se comparado ao mês anterior. A informação é de um balanço recente da Creditas, fintech de crédito, que mostra que empreender (24%), reformar a casa (23%) e adquirir bens (22%) são os principais motivos dos requerentes.
Evandro Correia Silva, perito e sócio-fundador da Nero Perícias, empresa que atua com perícia grafotécnica e avaliação de imóveis, afirma que o home equity se apresenta como uma alternativa a quem necessita de crédito em um cenário de juros em alta.
“A modalidade de empréstimo com garantia de imóvel é uma boa alternativa em um contexto de grande inflação, uma vez que a taxa de juros é menor, e o prazo, maior, podendo chegar a 180 meses em alguns bancos”, explica.
Silva esclarece que, neste tipo de empréstimo [CGI], a taxa de juros é menor por conta da garantia que o cliente oferece à instituição financeira: o imóvel, um bem sólido e que é facilmente retomado e vendido em caso de inadimplência.
A modalidade de empréstimo que utiliza um imóvel como garantia avançou 85% no país entre 2005 e 2020, segundo o BC (Banco Central), que aponta que a procura pela categoria apresentou alta de 61% em 2020 em comparação ao ano anterior, em um período pré-pandêmico.
De acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), foram concedidos 18.746 empréstimos com garantia imobiliária em 2020. As operações foram de mais de R$ 4 bilhões, um montante 25% maior do que o alcançado em 2019. A entidade informa que o total de novos contratos chegou a 11.151 somente no primeiro semestre de 2021, movimentando R$ 2,3 bilhões.
Avaliador de imóveis é elemento-chave para home equity
O perito e sócio-fundador da Nero Perícias destaca que o avaliador de imóveis desempenha uma papel fundamental para uma requisição de CGI assertiva, já que uma avaliação correta pode fazer a diferença para que o imóvel seja devidamente valorizado.
“O papel do avaliador de imóveis é fundamental em uma transação de home equity. Em primeiro lugar para garantir a segurança da operação para a instituição financeira, uma vez que é o avaliador de imóveis quem determinará o quanto vale o bem: se o avaliador errar, a instituição pode ficar com uma garantia menor do que o valor emprestado”, afirma Silva.
Por outro lado, complementa, para o cliente que pleiteia um empréstimo nesta modalidade, também é importante que seu imóvel seja avaliado pelo valor correto, visto que a soma liberada de crédito é proporcional ao valor da garantia do imóvel.
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