Após a invasão ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), em 8 de janeiro, o Governo Federal se organiza para restaurar obras de arte, itens históricos e as instalações que foram depredadas durante os atos.
Ainda em janeiro, o Ministério da Cultura se reuniu com servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para elaborar o planejamento de restauração. Um levantamento da Advocacia-Geral da União (AGU) apontou que os prejuízos causados pelos danos podem chegar a R$ 18,5 milhões.
O especialista em restauração predial, engenheiro e fundador da Repinte, Paulo Sérgio Ramalho, explica que além das questões de segurança, realizar os reparos é importante do ponto de vista da preservação arquitetônica. “A Praça e os edifícios que abrigam os Três Poderes foram projetados por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, duas figuras importantes para o desenvolvimento da arquitetura moderna no Brasil no início do século 20”, comenta.
“Reparar suas construções, é manter vivo o legado que eles deixaram. Justamente por isso as obras devem ser realizadas o mais rápido e eficientemente possível, evitando que mais danos sejam causados”, finaliza Ramalho.
(A imagem usada é de Gabriela Biló/Folhapress com divulgação no UOL Notícias em 09/01/2023)