Estudantes analisam a importância da carreira da autora britânica Jane Austen

Estudantes analisam a importância da carreira da autora britânica Jane Austen

Alunos do High School da Griggs International Academy (GIA) no Branta Institute, Colégio localizado em Itu, interior de SP, participaram de uma jornada de estudos sobre a escritora britânica Jane Austen, cujas obras inspiraram histórias conhecidas pelo público brasileiro, como “Orgulho e Preconceito”. O projeto do GIA-High School teve como objetivo estudar a literatura do século 19, quando muitas escritoras mulheres começaram a ganhar visibilidade.

Esta atividade vai ao encontro do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Por meio dela, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os costumes da sociedade na época, bem como a importância da literatura para as mulheres. Em pontos específicos, os estudantes ainda analisaram a luta social da mulher há séculos e suas conquistas.

Durante o projeto, os alunos colocaram em prática o que a GIA-BR chama de Key Values (ou valores-chave). São eles: dignidade, honra, respeito e integridade, os quais permearam as discussões sobre Jane Austen. “Os Key Values da GIA-BR estão sempre presentes nas atividades dos alunos, com o objetivo de ampliar sua visão para questões sociais  e humanas”, explica Karem Ragnev, diretora acadêmica da GIA – Brasil e América Latina.

Letícia Orlandi Baldow, professora de Literatura Inglesa da GIA-BR, responsável pelo projeto, detalha que os Key Values estão distribuídos no estudo da seguinte forma: “respeito e honra para com o autor, bem como integridade e dignidade no entendimento das diferenças, visando mudanças sociais significativas”. Por falar em diferenças, segundo Letícia, os alunos fizeram comparativos sobre a forma como as autoras mulheres eram tratadas na época em que vivia Jane Austen ante aos homens que exerciam a mesma função. O ponto alto da atividade foi quando um grupo trouxe à tona as bases sociais e os questionamentos postos pela escritora ainda numa época em que as mulheres não tinham voz. 

Jane Austen, autora do livro “Emma”, costumava pôr à prova os poucos direitos da mulher, suas paixões e status perante a sociedade. Por meio de suas indagações, as mulheres passaram a ter o direito de casar por amor, diferentemente do que mandavam as tradições, que priorizavam transações com interesses financeiros e sociais.

“Trabalhar a respeito de uma autora mulher, que foi basicamente uma das primeiras a ter uma carreira como escritora, não tem preço”, ressalta a professora de Literatura. Para Letícia, a autora não apenas incentivou as mulheres, como também fez parte da luta. “Jane se dedicou à literatura como uma profissão – ela dependia financeiramente disso, o que a engajou ainda mais. Além da sua obra questionadora, sua própria existência ressalta a importância da luta por direitos”, finaliza Letícia.