Dia da Terra pede soluções no combate a mudanças climáticas

Dia da Terra pede soluções no combate a mudanças climáticas

Acelerar soluções para combater a mudança climática e ativar governos, cidadãos e empresas, para que façam a sua parte. Este é a principal proposta do Dia da Terra 2023, também conhecido como Earth Day, comemorado no passado dia 22 de abril. Com o tema “Investir no nosso planeta”, a mobilização chama a atenção para a necessidade do consumo consciente.

De acordo com o Earthday.org, organizador do movimento ambiental, o Dia da Terra conta com mais 150 mil parceiros em 192 países, que desenvolvem ações positivas. Além disso, os esforços são pela busca de soluções ousadas, criativas e inovadoras, especialmente no consumo, uma vez que essa prática reflete diretamente na poluição do planeta.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o setor de vestuário é um dos mais poluentes em emissões de dióxido de carbono, visto que a produção de roupas gera entre 2% a 8% do volume de emissões. Ainda neste âmbito, o tingimento têxtil está como o maior poluidor de água do mundo.

O programa global mostra também que a média de consumo de roupas por pessoa é 60% maior que 15 anos atrás, dado que cada peça dura metade do tempo em comparação ao passado. Para mais, a cada segundo o equivalente a um caminhão de roupas é descartado ou queimado.

À vista disso, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) ressalta a necessidade de medidas urgentes diante da temperatura média mundial, que subiu 1,1°C acima dos níveis pré-industriais. Com isso, aumentam-se a frequência e a intensidade dos eventos climáticos extremos.

Tal mudança climática reflete também no mundo corporativo. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), essas alterações farão com que o estresse térmico seja mais comum, levando muitos trabalhadores a várias condições médicas. Assim, estima-se uma perda global de 2% nas horas trabalhadas até 2030 devido a doenças.

Para o fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, o apelo a um consumo consciente não é novo, contudo, tem ganhado mais força diante dos reflexos das mudanças climáticas.

“Hoje, os diferentes grupos ligados a uma empresa, inclusive a maior parte dos clientes, não estão interessados apenas na entrega de um produto ou de um serviço, mas voltam a atenção a todo o processo, às medidas adotadas, e se estas estão relacionadas à busca da sustentabilidade”, conclui.