Marcado pelo dia da morte de William Shakespeare, poeta, dramaturgo e autor inglês, e pelo dia de São Jorge, padroeiro da Inglaterra, o dia 23 de abril foi escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia da Língua Inglesa. Para além da promoção da cultura dos povos que falam inglês, a data chama a atenção para a crescente busca pelo aprendizado do idioma.
Dados da 7Waves, plataforma de organização de metas, mostram que o desejo de aprender inglês fez parte dos objetivos de 4 entre 10 (40%) pessoas no último ano. Apesar disso, para Jonas Bressan, criador do método Beway e responsável pela escola homônima que oferece curso de inglês on-line – o Dia da Língua Inglesa não pode, por si só, ajudar a conscientizar a população brasileira a respeito da importância do aprendizado desta língua.
“Creio que para elevar o engajamento em torno do aprendizado de um novo idioma é necessária a conscientização de que, no mercado de trabalho, não concorremos mais apenas com aqueles que vivem na mesma cidade que nós; concorremos pelas mesmas vagas com pessoas do mundo inteiro: americanos, europeus, asiáticos e africanos, entre outros. E a língua utilizada é o inglês”, explica.
De fato, houve aumento de 20% na contratação de brasileiros por empresas estrangeiras nos últimos 12 meses, de acordo com indicativos da Page Group, negócio de recrutamento do Reino Unido. Os números fazem parte de um movimento de digitalização impulsionado pela pandemia de Covid-19: durante o período de confinamento, empresas de todo o mundo aumentaram seus investimentos no modelo de trabalho remoto, que permite a contratação de mão de obra independentemente da localização geográfica dos profissionais.
No Brasil, o teletrabalho foi adotado por 46% das empresas durante a crise sanitária, conforme estudo elaborado pela FIA (Fundação Instituto de Administração) com 139 pequenas, médias e grandes empresas do país.
Fluência em inglês é entrave para brasileiros
Uma pesquisa realizada pela British Council e pelo Instituto de Pesquisa Data Popular apurou que apenas 5% dos brasileiros falam inglês e somente 1% da população possui fluência na língua. “Acredito que os dados do British Council revelam aquilo que já sabemos sobre o ensino geral no Brasil: um povo que despreza o conhecimento não será capaz de evoluir econômica e socialmente”.
A despeito da ciência da importância da fluência em inglês, sobretudo por conta de aspectos profissionais, Bressan avalia que a parcela da população que fala inglês ainda é tão baixa porque os brasileiros acreditam que frequentar um curso e ter um diploma, por si só, produz conhecimento.
O criador do método Beway observa que ter um diploma e frequentar cursos são coisas importantes, mas de nada adianta fazer as coisas por fazer. “Os cursos são apenas as ferramentas com as quais os estudantes devem produzir o conhecimento. Nada substitui o estudo”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: http://www.bewayidiomas.com.br/#/