Em 2021, o Brasil registrou mais de 3,9 milhões de empreendimentos formalizados como micro e pequenas empresas ou microempreendedores individuais (MEIs). Em relação ao ano anterior, que registrou 3,3 milhões de negócios, houve um crescimento de 19,8%, é o que mostraum levantamento realizado pelo Sebrae.
A crise gerada pela pandemia do novo coronavírus fez com que os brasileiros encontrassem no empreendedorismo uma fonte alternativa de renda. De acordo com um levantamento realizado pela empresa de monitoramento de empreendedorismo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), 52 milhões de brasileiros possuem negócio próprio. Destes, mais de 9 milhões são MEIs.
De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o empreendedorismo está no sangue do brasileiro e registrou crescimento significativo no último biênio. “Em 2020, ter um negócio virou uma forte motivação para milhões de brasileiros”, afirma Melles. Ele acrescenta que pela primeira vez, conforme pesquisas, abrir o próprio negócio se tornou o maior sonho do brasileiro, “perdendo apenas para o desejo de viajar”, diz.
Em análise do atual panorama do empreendedorismo nacional, Antônio Silva, empresário que encontrou novos caminhos em empreendimentos digitais na área de educação financeira, afirma que as ideias para um novo negócio podem vir de qualquer lugar. “Acredito que novos empreendedores surgem quando enxergam uma oportunidade de inovar e trazer solução para um mercado que apresenta algum tipo de deficiência, e quando o negócio é assertivo, o empreendedor cresce e gera novos empregos. Isso é ótimo para a economia do nosso país”, comenta Silva.
Impulsionamento
O presidente do Sebrae afirma que o Brasil é o país que mais registrou avanço no longo prazo do empreendedorismo. “Com um crescimento bem superior à taxa dos Países Baixos, que ficou em segundo lugar, com uma expansão de 42%”, enfatiza Carlos Melles.