Um balanço realizado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), que reúne dados compilados pelo Sistema de Estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (SES SUSEP), mostrou que, em 2021, houve um crescimento de quase 24% na demanda por seguros de vida que garantem a proteção em casos de doenças graves, cuja cobertura abrange uma série de enfermidades, dentre elas, câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas. O crescimento é resultado de um comparativo com a demanda do ano anterior.
O dado evidenciado pela FenaPrevi corrobora uma tendência de alta identificada em uma pesquisa da instituição em parceria com o Instituto Datafolha, também de 2021, que revelou que 76% dos entrevistados possuem interesse em seguros de modalidade em que é permitida a proteção financeira em caso de diagnóstico de doença grave. Na mesma linha, uma sondagem realizada pela Prudential do Brasil, no ano passado, constatou que 40% dos consumidores estão mais inclinados a adquirir seguros cujo benefício possa ser aproveitado em vida.
De acordo com o vice-presidente de Marketing, Produtos e Digital da Prudential do Brasil, Carlos Cortez, a demanda por proteções nas quais o benefício possa ser aproveitado em vida é um impacto deixado pela pandemia de Covid-19. Ainda segundo a pesquisa da FenaPrevi/Datafolha, 17% dos entrevistados responderam que adquiriram seguro de vida ou plano de saúde em razão da doença – que provocou caos no sistema de saúde brasileiro no ano de 2020 e deixou mais de 600 mil mortos em pouco mais de dois anos da crise sanitária
“A oferta de produtos para uso em vida é uma estratégia que vem sendo adotada no mercado de seguros em atenção às mudanças no perfil do consumidor, mais consciente sobre os riscos à saúde e o equilíbrio financeiro para proteção da família desde a pandemia de Covid-19”, destaca Carlos Cortez, ao lembrar que “a contratação da cobertura para doenças graves funciona como uma garantia financeira para um serviço médico de alto valor, como uma cirurgia, ou até mesmo para cobrir despesas pessoais”.