Em razão da pandemia de covid-19, que ainda não acabou, boa parte das empresas no Brasil enfrentam ainda período de condições adversas de negócios. De acordo com dados divulgados em fevereiro desse ano pelo Ministério da Economia, em 2021 mais de 1,410 milhão de negócios formais foram fechados.
“Para a maior parte dessas empresas, a receita perdida nesse período foi a consequência direta do seu fechamento. Para aquelas que não fecharam a perda de faturamento pode ser permanente e exercer pressões inesperadas em sua liquidez e nas fontes de capital de giro”, explica Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC.
Mas existem no mercado alternativas acessíveis para empresas que buscam soluções financeiras em razão desses problemas: são os créditos para pessoa jurídica, que se ajustam às suas necessidades, geralmente são pagos a curto e médio prazo e sua finalidade pode ser para compra de bens, capital de giro, pagamento de serviços e fornecedores etc.
“Para grandes, pequenas e médias empresas, algumas boas vantagens para se pedir um crédito são a facilidade de liberação e as taxas de juros, que geralmente são menores quando comparadas com as taxas para pessoas físicas”, diz Salim.
Um alerta importante: o empresário deve evitar procurar uma instituição financeira quando a empresa já estiver negativada, pois como acontece com o empréstimo pessoal, não são todas as instituições que dão crédito nessa situação. Além disso, nesse caso o banco vai avaliar a situação e movimentação financeira, quanto é a dívida, entre outras questões que certamente vão deixar o crédito mais caro.
“Como em toda operação de crédito, seja um empréstimo ou financiamento, é necessário conferir no contrato o valor total e o CET – Custo Efetivo Total, que é a taxa autorizada pelo BCB – Banco Central do Brasil e pode variar entre instituições”, finaliza o especialista.
São muitas as modalidades de crédito, o que viabiliza a possibilidade de apoio para todos os tipos de empresa. As instituições levam em consideração, para sua classificação de risco, diversos fatores como faturamento, bens, endividamento etc. Na sequência é possível conferir algumas das principais:
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma instituição pública. Ela oferece financiamento a longo prazo, investimento em todos os tipos de empresas do Brasil e é possível encontrar linhas de crédito específicas para vários tipos de negócio.
Empréstimo
Existem empréstimos para empresas com e sem garantias. No primeiro caso um bem, que pode ser um imóvel ou um veículo, é dado como garantia de pagamento à instituição financeira, o que atribui maior confiabilidade à empresa. Assim as taxas de juros são mais baixas e o número de parcelas possíveis é maior.
O segundo caso normalmente é utilizado por empresas de pequeno porte e iniciantes, pois normalmente não têm bem para alienar à instituição financeira.
Financiamento
Diferente do empréstimo, o valor concedido tem uma finalidade específica e definida em contrato, como a compra de um imóvel, veículo ou equipamentos.
Os termos de uso variam de acordo com a instituição financeiro, mas o comum é que seja financiado de 80% a 100% do bem e o prazo de pagamento pode chegar a até 60 meses.
Capital de giro
Útil para atender diversas necessidades do fluxo de caixa das empresas, como o pagamento de colaboradores, fornecedores, aluguel etc.
Não há necessidade de explicar a finalidade do empréstimo no momento da solicitação. Além disso, é possível optar por um pagamento diferenciado, podendo ser bimestral, semestral, integral após o fim do contrato entre outras formas.
Antecipação de recebíveis
Permite receber os lucros de forma antecipada. O processo costuma ser menos burocrático e é utilizado por empresas que não têm capital de giro.
Como esse crédito antecipa os pagamentos, isso também funciona como uma garantia e as taxas de juros são mais baixas.
Microcrédito
Essa modalidade é destinada ao microempreendedor que pretende abrir ou ampliar um negócio, MEI – Microempreendedor Individual e até pessoas jurídicas que não têm fácil acesso a empréstimos ou créditos convencionais.