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De acordo com o Ministério da Saúde em levantamento divulgado em setembro de 2020, a prevalência da artrite reumatoide é estimada em 0,5%–1% da população, com predomínio em mulheres e maior incidência na faixa etária de 30–50 anos. O estudo também mapeou os casos de artrite de acordo com o gênero. A doença é mais prevalente cerca de 30% entre mulheres do que entre homens. Outro ponto destacado pelo estudo é que a artrite acontece porque não é corretamente diagnosticada em 47% dos casos.
Segundo a pesquisa divulgada pela Universidade Federal de Minas Gerais em março de 2020, a população brasileira é a que mais sofre com a doença, isso porque não tem o diagnóstico realizado a tempo de ser planejada uma rotina de prevenção e manutenção.
Keize Mortarelli Santos, fisioterapeuta da clínica Vincere de Moema, em São Paulo, explica que existem muitos tipos de artrite. “As formas mais comuns são osteoartrite (doença articular degenerativa) e artrite reumatoide. A primeira geralmente ocorre com a idade e afeta os olhos dos joelhos e quadris. A segunda é um distúrbio autoimune que geralmente afeta as mãos e os pés. Outros tipos incluem gota, lúpus, fibromialgia e artrite séptica, todos tipos de doença reumática”, complementa.
Outro estudo, divulgado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em outubro de 2020, identificou que 48% dos casos de artrite poderiam ter sido evitados com métodos preventivos. Os tratamentos preventivos para artrite que mais tiveram sucesso em retardar o avanço da doença são, segundo a especialista da Vincere, alongamento, caminhada, atividades como tai chi e ioga, exercícios aquáticos, ciclismo e até mesmo jardinagem caseira.
A fisioterapeuta observa que “com diagnóstico precoce e tratamento agressivo, muitos indivíduos podem ter uma qualidade de vida melhor do que se não fossem diagnosticados por muito tempo após o início da AR”. Os sintomas que primeiro são aliviados ou evitados com o tratamento após o diagnóstico precoce são diminuição na rigidez das articulações, erupções ou coceiras, dores musculares em geral e diminuição na dificuldade de mover a articulação afetada, explica a doutora. “Isso acontece porque, ao se iniciar um tratamento preventivo com alguma antecedência, o corpo vai se adaptando e combatendo pouco a pouco os sintomas. Tratar de maneira preventiva é bem menos agressivo para a articulação do que uma ação mais direta”.
Com a divulgação desses estudos o Ministério da Saúde espera que a ocorrência da doença diminua em 42%. A conscientização visa principalmente a população com os fatores de risco como histórico familiar, que, na maioria das vezes, é simplesmente ignorado pelas gerações mais novas. A divulgação de informações corretas sobre a doença também é importante para sua prevenção”, finaliza a fisioterapeuta.
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