Compra de imóvel impacta qualidade de vida dos brasileiros

Compra de imóvel impacta qualidade de vida dos brasileiros

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), divulgado no primeiro trimestre deste ano, apontou que a compra de um imóvel pode influenciar na qualidade de vida de 80% dos brasileiros. O levantamento ouviu 14 mil pessoas de diversas regiões do país, entre elas, 850 que adquiriram um imóvel em 2021 – ano base da pesquisa.

Os dados divulgados pela associação revelam, ainda, que 71% da população dizem estar dispostos a investir mais dinheiro para morar próximo ao local de trabalho e, com isso, ter maior economia em outros itens, como o combustível. Outros 57% dos entrevistados disseram dar preferência a espaços arejados e integrados à natureza na hora de comprar um imóvel.

Considerando a realidade imposta pela pandemia, 33% dos brasileiros, ainda conforme o estudo, acham importante e estão dispostos a pagar mais por um cômodo exclusivo para as instalações do home office – já que trabalhar de casa, mesmo que de forma híbrida, passou a fazer parte da rotina de milhões de pessoas em todo o país.

No Rio Grande do Sul, os reflexos da pesquisa já são perceptíveis. De acordo com o diretor de vendas e franquias do grupo imobiliário Auxiliadora Predial, Matheus Kurtz, “muitas pessoas passaram a sentir algumas necessidades específicas no contexto da moradia. O trabalho e estudos remotos tornaram-se parte do dia a dia dentro das casas e alteraram o que antes era apenas um local para aproveitar momentos em família”, pontua. “Agora, a prioridade é ter mais espaço e tratar a escolha da nova casa com muito mais critério. Qualidade de vida se tornou a palavra-chave”.

Ainda no estado gaúcho, o grupo notou que, ao buscarem por um apartamento para comprar em Porto Alegre, por exemplo, os gaúchos passaram a optar por imóveis maiores, com 2 ou 3 quartos, que totalizaram mais de 50% das vendas da empresa no primeiro trimestre de 2022.

Os indicadores de venda do grupo também mostram que apartamentos com peças mais amplas, áreas mais iluminadas e posições solares privilegiadas foram os favoritos nessa nova fase. Depois dos apartamentos, a tipologia de casa para comprar foi a mais buscada. “Apartamentos, casas e sobrados ainda são os imóveis mais procurados pelos brasileiros, que prezam muito ainda pela compra, como moradia própria. Uma cultura que passa por gerações, de que ter o seu próprio bem é um sinônimo de valorização, não só financeira, mas também de sentimento”, destaca Kurtz.

Outro ponto é que morar próximo de grandes centros se tornou um critério decisivo para a jornada, conectando-se ao novo cenário de que morar próximo ao trabalho é fundamental. Prova disso é que os bairros mais centralizados, como Petrópolis, Menino Deus, Partenon, Rio Branco e o próprio Centro ocuparam o “top 5” de bairros em Porto Alegre com mais imóveis vendidos pelo grupo no primeiro trimestre.

A expectativa agora é que essas novas preferências, segundo Kurtz, continuem ditando os caminhos do mercado imobiliário, tanto no Sul, como no Brasil inteiro. “Notamos que a procura pelo bem-estar é um dos principais objetivos quando o tema é a moradia ideal. Aliar isso às necessidades do dia a dia, como trabalho e estudos, tornou-se fundamental. Morar em um ambiente que seja leve, disruptivo, que agregue modernidade ao conceito de lar, é o movimento ideal para a estabilidade emocional e sentimental de uma família”, finaliza.