Se você ainda está com dúvidas sobre a importância de monitorar o sono e tem receio de investir em um sleep tracker, trouxemos aqui algumas razões
Em tese, é fácil perceber quando se tem uma noite ruim. No dia seguinte ficamos mais desatentos, sonolentos e nossa produtividade é impactada, mas determinar de fato se uma noite foi mal dormida é um pouco mais difícil e é aí que o aparelho para monitorar o sono entra em ação.
Hoje temos os mais diversos modelos de monitores, com variadas funcionalidades, cores, estilos e, claro, faixas de preço. Eles podem ser vestíveis, como relógios e anéis, ou podem estar acoplados a coisas que você invariavelmente usará diariamente para dormir, como um travesseiro.
O mercado do sono tem ganhado a atenção dos ávidos por colocar fim às noites insones e também daqueles que enxergam nele uma grande oportunidade de negócio. Globalmente, as tecnologias do sono movimentaram US$ 13 bilhões em 2020 e devem chegar a US$ 40,6 bilhões em 2027, conforme os dados levantados pela Global Market Insights.
Se você ainda está em dúvida sobre investir em um monitor e precisa de motivos para te convencer a monitorar seu sono agora, elencamos 5:
1. Você não pode melhorar aquilo que não é medido
Muitos sleep trackers usam um acelerômetro que detecta os movimentos durante a noite e os aplica em um algoritmo para poder estimar quantas vezes uma pessoa se mexeu, se ela acordou de madrugada, quanto tempo demorou para cair no sono, entre outros.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Persono em parceria com o SESI, 61,7% dos trabalhadores da indústria no Brasil acreditam que dormem bem, mas outros dados apontados no estudo indicam que o tempo e a qualidade do sono são insuficientes. Além disso, enquanto 53,8% das pessoas dormem entre 6h e 8h por noite, 37,8% fazem parte do grupo que dorme apenas de 4h a 6h, quantidade não recomendada pela Sleep Foundation, que aconselha entre 7h e 9h para população adulta entre 18 e 64 anos.
Com esses dados, é possível saber mais sobre as noites de sono e identificar fatores e hábitos que podem estar contribuindo para um sono ruim.
2. Acompanhamento médico
Ainda segundo o estudo do Persono em parceria com o SESI, 34,8% das pessoas dizem demorar de 5 a 10 minutos para pegar no sono e outros 34,3%, demora entre 10 e 30 minutos. Esse tempo é conhecido como latência do sono e apesar de não existir uma latência perfeita, existe um limite: 30 minutos. Acima disso ou muito abaixo pode ser indício de um distúrbio do sono.
Muitas condições físicas e mentais, são refletidas na hora de dormir. A ansiedade, por exemplo, dificulta a transição da vigília para o sono. Pessoas que sofreram lesões cerebrais comumente também apresentam distúrbios do gênero e assim por diante.
Diferente, por exemplo, da polissonografia, feita em apenas uma noite, usar com frequência um aparelho para monitorar o sono em casa é de grande auxílio para ajudar o médico a traçar um diagnóstico mais preciso e/ou ter uma visão mais clara da efetividade do tratamento proposto.
3. Promove a regularidade
Quando falamos de sono, a regularidade é fundamental, tanto que ela é considerada um critério de dormir bem.
Por regularidade quer-se dizer “dormir e acordar todos os dias aproximadamente no mesmo horário, incluindo finais de semana e feriados”. Isso é fundamental para evitar o jet lag social, que pode ser tão ou mais prejudicial que o jet lag que acontece quando viajamos
Monitorar o sono dará uma visão de longo prazo sobre as horas que uma pessoa está dormindo e acordando, permitindo que alguns ajustes na rotina sejam feitos.
4. Ele “fica de olho” no seu sono quando você não tem quem faça isso
Quando uma pessoa procura um médico para tratar de problemas do sono, recomenda-se levar junto o companheiro de quarto para a consulta. Essa pessoa pode compartilhar informações valiosas com o profissional que o paciente, sozinho, poderia não ser capaz de detectar, como o ronco excessivo ou episódios de sonambulismo.
Se você não divide o quarto, um colega de casa pode ajudar.
Mas e quem mora sozinho? Para essas pessoas, monitorar o sono com algum tipo de tecnologia pode ser essa informação externa que acende um alerta no usuário e ainda facilita o diagnóstico médico.
Nenhum sleep tracker poderá dizer que você é sonâmbulo e nem todos utilizam um microfone para detectar o ronco, mas ainda assim são ferramentas de análise e armazenamento de informações importantes sobre a saúde.
5. Continuidade do monitoramento com valor clínico
Mais de uma vez já mencionamos a possibilidade de compartilhar os dados gerados após monitorar o sono com um médico. E, sim, esses produtos voltados para a qualidade do sono têm um valor imenso.
Em termos gerais, e dependendo da marca escolhida, os sleep trackers são comprovadamente eficazes, alguns deles com a acurácia equiparável com a dos aparelhos de actigrafia.
Em outras palavras: é um monitoramento do sono confiável e com a vantagem de ser feito diariamente, com dados comparativos e análise de evolução.