Nas últimas décadas, as mudanças climáticas tiveram um impacto devastador. É o que revela o estudo da organização ambiental Germanwatch, “Climate Risk Index 2025” – Índice de Risco Climático 2025, em português – na página 8. O levantamento destaca que, entre 1993 e 2022, mais de 9,4 mil eventos climáticos extremos resultaram na morte de quase 800 mil pessoas. Entre eles, enchentes, secas, tempestades e ondas de calor, que também causaram prejuízos estimados em 4,2 trilhões de dólares.
O estudo também mostra, na mesma página, que os países do Sul Global foram os mais afetados por esses eventos extremos. China e Honduras estão entre as nações mais impactadas por inundações, tempestades e ondas de calor desde 1993.
As mudanças climáticas afetam, ainda, a segurança e saúde dos trabalhadores em todo o mundo. De acordo com o estudo da OIT, “Ensuring Safety and Health at Work in a Changing Climate” – Garantindo Segurança e Saúde no Trabalho em um Clima em Mudança, em português – na página 7, mais de 2,4 bilhões de trabalhadores poderão enfrentar calor excessivo, representando 70,9% da força de trabalho global, um aumento em relação aos 65,5% registrados desde 2000.
O relatório também estima que, anualmente, 18.970 vidas são perdidas e 2,09 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade são comprometidos devido aos 22,87 milhões de acidentes de trabalho causados pelo calor excessivo.
Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), destaca que o setor empresarial tem um papel crucial na mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Ele enfatiza que as empresas podem liderar essa transformação ao adotar práticas sustentáveis, reduzir sua pegada de carbono e investir em condições de trabalho seguras, especialmente para proteger seus colaboradores do calor excessivo.
“Empresas que priorizam a sustentabilidade e a segurança de seus colaboradores não estão apenas protegendo o meio ambiente e a saúde, mas também garantindo seu futuro. O impacto das mudanças climáticas exige uma resposta urgente das organizações, que têm a responsabilidade de ser aliadas na construção de soluções”, conclui.