Cenário de crise não impede o varejo de seguir com o período de compras.
O ano de 2020 trouxe novas práticas de vendas. Assim, quem pretende se manter no mercado teve que se atualizar sobre as tendências do e-commerce e o que realmente significa conhecer o consumidor. A tecnologia teve um papel fundamental nisso. Desse modo, os consumidores precisam lembrar da marca dentro do ambiente digital.
De acordo com uma pesquisa recente da Criteo, 80% dos brasileiros estão planejando fazer compras dentro do período da Black Friday. Eles buscam não apenas produtos mais baratos, mas qualidade e retorno por parte das marcas. Confira, a seguir, alguns motivos que farão com que esta data marque o que será do comércio daqui para a frente.
Lojas virtuais e relacionamento com o cliente
Seja por continuar comprando em lojas favoritas, que, agora, também estão on-line, ou aderindo aos produtos inovadores de marcas recém-chegadas, os consumidores já se acostumaram com o ambiente digital. Apesar de estar lá, por muito tempo, parece que ele só passou a ser visto recentemente pelo mercado como fundamental no processo de venda.
Um dos pontos-chave que atrai os consumidores para as compras por meios digitais é o relacionamento mais próximo com a marca ou o produto. Principalmente, nas redes sociais, em que eles avaliam uma loja e podem propagá-la, tanto para o bem, quanto para o mal. Ou seja, lá, eles são ouvidos e ainda recebem reconhecimento por terem opinado.
Por mais que a sua loja física tenha um ótimo atendimento, ele deve estar inteiramente de acordo com as necessidades do seu público, e a empresa deve oferecer uma experiência, além de simplesmente vender.
Chegada do PIX
Com o anúncio do novo sistema de pagamentos, feito pelo Banco Central, o PIX, espera-se que o recurso movimente a economia, sobretudo, pela facilidade e pela rapidez com que ele promete operar. Isso supre uma demanda já antiga por parte dos consumidores: a redução da espera entre compra e recebimento.
Além disso, o sistema independe de pontos físicos, como os bancos e as casas lotéricas, e consegue se estender até para quem não possui conta em nenhum centro financeiro. Com compra e pagamento instantâneo, os consumidores ganharam mais agilidade no meio digital, e o mercado, finalmente, entendeu a importância de chamar a atenção deles de forma clara, direta e personalizada.
Oportunidades e auxílio emergencial
Mesmo que o número de desempregados tenha aumentando proporcionalmente ao agravamento do cenário global, diversas áreas tiveram retorno positivo, em especial, tecnologia e saúde. Estes profissionais conseguiram se planejar de alguma maneira para seguir no calendário normal de compras.
Por outro lado, quem recebeu o auxílio emergencial, quase de forma simbólica, agora, vê uma oportunidade de retomada para compras específicas desse período do ano, como produtos eletrônicos e eletrodomésticos. A internet também contribui nesse lado, pois, representa o local em que os consumidores encontram preços muito mais vantajosos que nas lojas presenciais.
Crescimento inesperado de lojas
Com a necessidade de complementar a renda de alguma maneira, inúmeras pessoas iniciaram algum tipo de pequeno negócio em casa, inserindo novos produtos em diferentes tipos de mercados. Um bom exemplo são os negócios que lidam com a beleza, que usaram o período de isolamento para vender autocuidados.
Não só o número de marcas aumentou, como a variedade de produtos acompanhou o crescimento de vendas, oferecendo sempre uma novidade ao consumidor. Mesmo que nem sempre acessíveis, eles viraram desejos de consumo, e estão apostando de forma mais sutil na Black Friday.
Por fim, quem conseguiu se manter no mercado, mas ainda não se digitalizou, vai perder uma grande oportunidade de alcançar um número muito maior de pessoas e passar por um raio-X da situação atual.